Hong Kong, Macau e Vietname - Roteiro

Falo muitas vezes do Vietname. É natural. Não foi a minha primeira viagem de verão totalmente por conta própria, mas, de mochila e fora da Europa, foi. Por isso tão marcante. Foi feita em 2015 e apenas com uma amiga (a companheira das motoretas!).

Apesar do objetivo principal destas férias ser visitar o Vietname, já que estávamos tão perto e os voos até eram mais baratos para Hong Kong, nem pensámos duas vezes. Incluímos este território. Estando em Hong Kong, seria impossível não dar um saltinho a Macau. Foi isso que fizemos.
Muita gente me pergunta "Porquê o Vietname?" afinal o país não é um destino "de sonho" para a maioria dos portugueses. No final do artigo tentarei explicar o porquê.

Como disse na minha apresentação (aqui) não sou "viajante profissional", não sou fluente em línguas estrangeiras, não tenho muito tempo para viajar e, como já disse, esta foi a minha primeira viagem "grande" neste registo fora da Europa, por isso a preparação foi muito cuidada e incluiu:

- O estudo de muitos relatos de viagem, programas de agências de viagem e guias. Desta forma percebemos o que queríamos ver e o que era possível, no tempo que tínhamos, e montámos o roteiro.
- A marcação de todos os transportes possíveis. Além dos voos de ida e volta, marcámos os voos internos, os autocarros cama e o comboio.
- O estudo de como ir dos aeroportos para os hotéis. Sabíamos se, à hora que chegávamos, havia ou não transporte público, o número do autocarro e de onde saía, tínhamos visto imagens da paragem (para não perdermos tempo à procura) e o tempo que demorava até à cidade. Quando não havia autocarro, sabíamos a distância que iríamos percorrer e o preço médio dos táxis.
- A marcação de todos os hotéis. Escolhemos hotéis/hosteis baratos mas que preenchessem três condições: ser bem situado, o quarto ser duplo com 2 camas e ter casa de banho privativa. Os hotéis no Vietname foram uma boa surpresa.
- O estudo do que veríamos em cada local. Tínhamos uma ideia do mapa de cada cidade; sabíamos o que queríamos ver em cada local; comprámos por internet um dos passeios e os restantes sabíamos o preço médio.

Partilho aqui o roteiro que fizemos, com pequenos comentários. No final digo o que mudaria.
A ideia não é descrever com pormenor tudo o que fizemos ou indicar tudo o que há para conhecer em cada local (há imensas pessoas que fazem isto, melhor do que eu faria) mas sim dar a perceber aos interessados quanto tempo estivemos em cada local, qual foi o nosso percurso, quais as dificuldades que sentimos e como as resolvemos e dizer o que faria diferente. Todas as fotografias são minhas ou da amiga que me acompanhou (resultaram mais de 3500 fotografias e vídeos e portanto a meia dúzia que mostro representam muito pouco do que vimos).

Dia 1 - Voo às 7.05 h. Esta hora de embarque implicou sair de casa às 2.00 h, ou seja, uma noite sem dormir.

Dia 2 - Chegada a Hong Kong às 6.55 h. Uma noite a bordo e portanto mais uma sem dormir (eu, porque a amiga até ressona! ... ai se ela lê isto vou ter problemas....).
Apanhar o ferry para Macau e visita a Macau.
Fomos de autocarro do aeroporto para a cidade de Hong Kong e aí apanhámos o barco para Macau. Em Macau fomos apenas ao locais mais emblemáticos, sem, contudo, explorar muito. Estávamos demasiado cansadas e não havia condições para mais. Foi uma agradável surpresa vermos ainda tantos vestígios de Portugal, desde os pastéis de nata, à calçada portuguesa e à matrícula dos carros (que é como a nossa há 20 anos) até ao facto de todos os avisos estarem em mandarim e em português, assim como o nome das ruas e dos bairros.

Macau. Conhecem a calçada de qualquer lado? é natural. Os vestígios de Portugal deixaram-nos cheias de emoção.


As ruínas de S. Paulo são o lugar mais emblemático de Macau mas existem muitos outros recantos que vale a pena visitar.


Dia 3 - Hong Kong
Andámos pela parte continental de Hong Kong, fomos ao passeio da fama lá do sítio e de teleférico visitámos a ilha de Lantau. Com as indicações que tínhamos lido foi tudo fácil. A única dificuldade foi a fila para o teleférico. À volta viemos de autocarro.
À noite assistimos ao espetáculo de luzes junto ao passeio da fama.

Descrevo Hong Konh como a Nova Iorque asiática. Tem de tudo: prédios altos, lojas caras e miséria. Esta é a vista da Ilha de Hog Kong, de quem está na parte continental.


Paisagem do teleférico para a ilha de Lantau.


Este Buda é uma das atrações principais da ilha de Lantau


Quando a noite cai, os prédios são iluminados num espetáculo de luz e cor. Depois de ler tanta coisa, esperava mais, como acontece quando as expetativas são demasiado elevadas.

Dia 4 -  Hong Kong
Este dia foi dedicado à Ilha de Hong Kong. Fomos cedo, atravessámos o mar de metro e subimos num funicular até à parte mais alta da ilha. Estivemos no miradouro mais famoso da zona e em praças e monumentos.
Infelizmente o meu dia terminou logo após o almoço. O da amiga continuou. Vou deixar "no ar" o que me aconteceu porque será assunto a tratar em artigo que escreverei mais tarde (este).

Vista de Hong Kong do miradouro

Dia 5 - Voo para Hanoi 
Logo que se fez dia, e enquanto a amiga dormia, fui ver o que não tinha visto no dia anterior. Às 6 da manhã estava num dos parques da cidade a apreciar a ginástica matinal de centenas de pessoas, especialmente de mais idade.
Almoçámos cedo e fomos novamente de autocarro para o aeroporto. Tínhamos voo à tarde.

Parque em Hong Kong

Chegámos a Hanoi no início da tarde (o voo é curto e a diferença de horário ajudou). Fomos em autocarro regular do aeroporto de Hanoi para a cidade. Não foi fácil porque ninguém queria que fossemos nesse autocarro (há autocarros mais direcionados para turistas). Vietnamita que é vietnamita quer que o estrangeiro seja tratado de forma diferenciada e mochileiro que é mochileiro quer ir com a população. Aqui tenho de contar uma história...
Como a maioria dos professores, falo muito alto (muito) e quando me entusiasmo, ainda falo mais alto. Gesticulo muito (falo tanto com a boca como com as mãos). A amiga é mais sossegadita  e os vietnamitas ainda mais. Quando finalmente conseguimos entrar no autocarro "do povo" entusiasmei-me com um assunto qualquer e já estava a falar em elevados decibéis. Foi então que dei conta que todo o autocarro se tinha calado. Havia silêncio total! E as pessoas estavam amedrontadas. Devem ter pensado que eu estava a discutir. Ups!

O dia ainda deu para explorar, com luz, o bairro antigo onde se localizava o hostel e conhecer Hanoi à noite. Percebemos logo que era um sítio "amigável". Muita gente na rua, homens e mulheres de todas as idades e com um "ar" pacífico. Sentimo-nos logo como peixes na água.

Hanoi à noite.



Dia 6 - Visita ao Pagode Perfume
No dia anterior tínhamos comprado o passeio ao Pagode Perfume que é um complexo de templos localizados numa montanha e cujo templo principal fica numa gruta no topo da montanha.
Para lá chegar é preciso primeiro fazer um percurso de barco no rio Yen e depois subir a montanha, a pé ou de teleférico. Nós fomos de teleférico.
Foi aqui que vi os maiores bichos de conta da minha vida (maiores do que cabeças de um dedo).

Só andar no rio já é bonito.


Teleférico. À medida  que subíamos e víamos o caminho lá em baixo, ficámos mais contentes pela opção do teleférico.


A parte central do Pagode Perfume.


Começámos a ver campos de arroz neste passeio e foi até ao fim da viagem

Dia 7 - Hanoi
Comboio para Sapa (durante a noite)
Só teríamos este dia completo para explorar Hanoi, por isso começámos cedo, pelo mercado (tentamos sempre ir aos mercados) e pelas ruas da cidade antiga. O mapa previamente estudado e a corda nos sapatos permitiu-nos ver muita coisa incluindo o mausoléu de  Ho Chi Minh, o Templo da Literatura, vários pagodes e o Lago Hoan Kiem, assistir a um bocadinho de uma missa católica na catedral de S. José (a minha amiga diz que eu noutra vida fui beata, tal é a coleção de visitas a igrejas e outros templos...)  e ir ao teatro aquático de marionetas.

Sim, são sapos e tartarugas (sem carapaça). Para que é que estavam à venda no mercado? pois... não sei ... mas desconfio...


Rua na Cidade antiga


Parque... o nome é que já não me lembro...


Pagode de um pilar


O mausoléu de Ho Chi Minh 


A missa na catedral de S. José tem tantas pessoas dentro da igreja como no lado de fora. Há altifalantes que transmitem a missa.


Interessante o teatro aquático de marionetas (a foto mostra os manipuladores e não as marionetas).


Lago Hoan Kiem em Hanoi

À noite apanhámos o comboio para Sapa. Podem ter uma ideia da viagem aqui.
De todas as cidades que visitámos no Vietname, Hanoi foi onde sentimos maior choque cultural. Na parte antiga, os passeios parecem ser uma extensão da casa de cada família. É aí que convivem com os amigos, cozinham e comem.


Dia 8 - Sapa
De manhã bem cedo já estávamos na zona de Sapa, depois foi só apanhar a carrinha que nos levaria ao alojamento, tomar o pequeno almoço e começar a explorar a região.
Vai-se a Sapa para ver os terraços de arroz, mas nós aproveitámos para outras coisas...

Terraços de arroz

Para saber que éramos as mochileiras mais velhas que andavam no Vietname...

Para descobrir que afinal sou bastante alta..


Na tribo Hmong (e noutras), as mulheres, baixinhas, é que trabalham como guias. Estivemos com mulheres de outras tribos locais.


Para descobrir que as ervas que existem na berma das estradas são bem interessantes! Sim são essas "ervas", o que deu aos turistas imensas ideias...

Vegetação da beira da estrada. Se for fumada dizem que faz rir.....


Para andar na lama...

Era cá um lamaçal....


Dia 9 - Sapa.
Comboio para Hanoi (durante a noite)
Este dia foi dedicado a continuar a nossa aventura por Sapa, visitar uma escola e tirar fotografias que mais parecem da Suiça e fazer o caminho de volta para Hanoi, no comboio noturno.

Sapa


Sapa


Dia 10 - Chegada a Hanoi (de manhã cedo)
Autocarro para Halong Bay, ainda de manhã. Embarque no barco e passeio na baía.
Tudo correu como o previsto. Chegámos a Hanoi cedo, tomámos o pequeno almoço e pouco tempo depois tínhamos à nossa espera o autocarro que nos levaria a Halong Bay para apanhar o barco onde pernoitaríamos.
Neste dia ainda navegámos pela baía, visitámos uma gruta e andámos de caiaque.

Eu e o meu companheiro sul coreano no caiaque


Gruta de calcário em Halong Bay


Dia 11 - Desembarque e regresso a Hanoi de autocarro.
Ida de Hanoi para Ninh Binh em autocarro.
Chegada a Ninh Binh
Demos mais uma volta pela baía, fizemos um curso de cozinha vietnamita, almoçámos e voltámos novamente a Hanoi para apanhar um novo autocarro que nos levasse a Ninh Binh.
A névoa impediu de tirar fotografias da baía que fizessem justiça à beleza.

Halong Bay


Halong Bay


A decisão de levar um farnel no autocarro revelou-se excelente. É que Ninh Binh não prima por ter grande quantidade de restaurantes (ou então estão escondidos).
À chegada andámos pela primeira vez de Zundapp.

Dia 12 - Visita a Tam Coc
Ida para Hue em autocarro (noite)
Tam Coc é realmente bonito. Ouvíamos dizer que era Halong Bay em terra e era mesmo. Fizemos o passeio de barco e a seguir vagueámos pela região. À noite fomos no autocarro cama até Hue, não sem antes passar pelo mercado da cidade e apanhar uma grande chuvada.

Local onde se apanha o barco para visitar Tam Coc.


Tam Coc


Dia 13 - Chegada a Hue (manhã cedo)
Hue
Começámos por explorar a Cidade Imperial, um grande complexo de templos e palácios, património mundial da UNESCO desde 1993. Depois fomos ao Pagode de Thien Mu e ao Pagode de Tu Hieu com o nosso motoboy.

Entrada da Cidade Imperial.


Teatro, na Cidade imperial


Uma das portas da Cidade imperial


Uma das construções do Pagode de Thien Mu


Uma das construções do Pagode de Tu Hieu e eu que ainda não estava preparada para a foto


Dia 14 - Hue (visita aos túmulos fora da cidade com o motoboy)
Partida para para Hoi an em autocarro (à tarde).
Chegada a Hoi an
O dia começou às 7 da manhã. O motoboy levou-nos aos túmulos reais fora da cidade. Depois de visitar os túmulos ainda deu para dar uma voltinha pelo mercado de Hue (o mais mal cheiroso que visitámos) e almoçar, antes de apanhar o autocarro para Hoi an.
Chegámos a Hoi an ao fim da tarde mas ainda a tempo de fazer um reconhecimento da cidade, cujo núcleo histórico é rico mas não muito grande.
A cidade é muito simpática e bastante mais calma, em termos de trânsito, do que as que tínhamos visitado e nós ao 14.º dia de viagem já estávamos bastante cansadas. Então decidimos que aqui faríamos uma espécie de pausa (como se isso fosse possível!). Cingiríamo-nos, assim, à parte velha da cidade e uma ida à praia. A chuvada da noite pôs em causa a ida à praia, mas não impediu que percebêssemos a razão desta cidade ser chamada a das lanternas.

Um dos templos que visitámos nos arredores de Hue.


Mercado de Hue (não eram estes vegetais que cheiravam mal, não!)


Adeus Hue


A caminho de Hoi an


Hoi an (com um ar calmo, não?)


Venda de lanternas.

Dia 15 - Hoi an
Tínhamos este dia para explorar a cidade e, se o tempo deixasse, dar um saltinho à praia. E tudo foi possível. Embora ainda tivesse chuviscado de manhã e à tarde o céu se mantivesse com nuvens, foi possível dar um mergulhinho. Em Hoi an, a praia sofre um grave processo de erosão e, numa parte, a areia foi substituída por sacos de areia para impedir o avanço do mar. Apesar da água do mar ter uma temperatura muito agradável não achei que este fosse o melhor sítio do Vietname para fazer praia.

Que tranquilidade...


Um dos templos de Hoi an


Muito emblemática esta ponte.

Mais um templo


Praia em Hoi an


Dia 16 - Hoi an (até ao almoço)
Visita às Montanhas de Mármore.
Voo para Ho Chi Minh - Saigão (princípio da noite)
Chegada a Ho Chi Minh (noite)
A manhã em Hoi an foi passada a vaguear pelas ruas desta tranquila cidade e fazer umas compras para mais tarde recordar. A visita ao mercado fez parte do roteiro e aí almoçámos.
À tarde apanharíamos um táxi que nos levaria até ao aeroporto de Da Nang. A viagem é de cerca de 40 minutos e o voo era ao fim da tarde, o que nos deu uma ideia. Pedir ao taxista que fizesse uma paragem pouco antes do aeroporto para vermos (e entrarmos) nas Montanhas de Mármore. E assim foi.
As montanhas de Mármore são 5 afloramentos de, como o nome indica, mármore. Entrámos numa delas (fantástico) e visitámos um templo budista. Hei-de dedicar um artigo a estas "pedras".
Chegámos a Saigão já tarde e por isso fomos para o hotel de táxi (mais uma aventura).

Eu a regatear...


Mercado de Hoi an onde almoçámos


Interior de uma das Montanhas de Mármore


Templo Budista na Montanha de Mármore


Dia 17 - Ho Chi Minh (antiga Saigão)
Esta foi a cidade mais ocidentalizada (para o bem e para o mal) do Vietname onde estivemos. Teríamos apenas este dia completo para visitar a cidade e por isso a alvorada foi bem cedo. Visitámos tudo o que pudemos: templos budistas, hindus e de outras confissões, catedral de Notre Dame, estação dos correios, teatro, edifício do Comité do Povo, Palácio da Reunificação, praças e jardins.

Fachada de um templo Hindu


Comité do Povo


Estação de Correio


Igreja de Notre Dame


Palácio da Reunificação


Dia 18 - Visita ao templo Cao Dai e aos túneis da guerra.
É frequente os circuitos organizados incluírem "um parque" onde se pode ver os vestígios da guerra mas raramente incluem o templo Cao Dai, uma religião de origem vietnamita que mistura cristianismo, budismo, confucionismo, islamismo, entre outras e que vale a pena visitar. A excursão foi de um dia inteiro e valeu muito a pena.

Templo Cao Dai, durante a celebração religiosa . Este templo fica a cerca de 90 km de Saigão (Ho Chi Minh)


Este local, apesar de ser para turista ver,  permite perceber a razão pela qual os americanos não ganharam a guerra. Nem nos túneis cabiam! Apesar de terem sido alargados para os turistas caberem, são estreitíssimos e baixos. A entrada é assim, o que faz com que só pessoas elegantes como eu possam entrar.

Dia 19 - Ho Chi Minh
Voo para Lisboa (à noite)... e mais uma noite sem dormir!
O último dia foi dedicado sobretudo ao Museu da Guerra.
Mostra a perspetiva do Vietname (nunca podemos esquecer que há sempre dois lados), embora se sinta que, não branqueando a história, se quer fazer as pazes com o passado. É muito duro, mas adorei visitar. Não mostrarei fotografias. Só uma. Esta foto mostra um grupo de miúdos que tiram uma fotografia junto de aviões americanos. Foi uma das coisas que me impressionou no museu (e noutros monumentos). A quantidade de jovens e de famílias que os visitavam. Aqui no museu estavam escolas. Numa sala estavam seguramente mais de 200 crianças a ouvir uma explicação. Em absoluto silêncio!
A última foto que ponho não tem nada de especial (é a avenida junto ao Comité do Povo). Só a coloco para que percebam que Saigão não tem grande diferença de Lisboa, por exemplo.

Exterior do Museu da Guerra

 
Adeus Vietname!


Podem dizer: "Isto foi uma correria!"
Eu digo que sim, foi. Mas o meu tempo disponível era de 20 dias. No dia seguinte a vir, estava a trabalhar (só uma nota, nos meus 26 anos de profissão, faltei 2 dias ao trabalho por conta das viagens). Hanoi precisaria de mais tempo, assim como Hue, a região de Tam Coc e Hong Kong, e há vários outros locais do Vietname que gostaria de ter ido, mas realmente não deu. Mas mesmo assim, deu para nos sentarmos nas esplanadas e beber uma cerveja (de cada vez) sem pressas, almoçar e jantar sentadas e descansadas

Dia 20 - Chegada a Lisboa e casa!

O que alteraria no roteiro de 20 dias

Ir a Macau no dia da chegada não foi, à partida, uma boa opção. Havia 2 noites que não dormíamos nada de jeito, a diferença horária é grande, tínhamos passado mais de um dia em aviões e aeroportos e estava muito calor. Tudo junto faz com que o que mais retenho de Macau seja a multidão de pessoas e o calor. Contudo, considerando o que me aconteceu (e o que terá sido?... podem ler aqui), no segundo dia, a opção de irmos a Macau logo à chegada foi a melhor que podíamos ter tomado.

Ter voltado de Halonbay para Hanoi (voltar para trás) em vez de ir diretamente para Ninh Binh. Perdemos tempo que nos faltou para visitar a região de Tam Coc. Fizemos assim porque, pelo que lemos, ficámos com a ideia de que não haveria facilidade de transporte de Halongbay para Ninh Binh mas há. À saída dos barcos, estavam várias carrinhas que prestavam esse serviço.

Ter ficado a dormir no barco em Halong Bay. Até pode ser romântico para quem vai com namorado ou marido, mas eu fui com uma amiga... E o dia seguinte não acrescentou nada. Nas mesmas circunstâncias não o voltaria a fazer, a não ser que escolhesse um cruzeiro maior, com ida a várias ilhas.

Porquê o Vietname

Desde pequenos que vemos filmes da Guerra do Vietname. Sempre tive curiosidade em perceber como é que um exército bem armado, bem equipado, de homens bem alimentados, fortes e treinados, não conseguiu, em 20 anos, vencer guerrilheiros pequeninos, com fome e pouco mais que descalços. Também tinha curiosidade em perceber se ainda haveria vestígios dessa guerra e que marcas tinha deixado.
Descobri um país pobre mas em não se vê miséria. Não confundo miséria com outras formas de viver diferentes da minha. Não vi gente com sinais de subnutrição. Apenas vi crianças a pedir em Sapa, mas aí também vi cartazes a pedir aos turistas que não dessem dinheiro às crianças para que fossem à escola. Vi um país onde a cobertura de internet é muito maior do que no meu país e telemóveis nas mãos de toda a gente. Vi praias e resorts de fazer inveja a muitos "algarves", com uma rede de transportes melhor que o meu país, vi os museus e monumentos cheios de vietnamitas. Vi um país cheio de natureza lindíssima e de campos trabalhados. Não há muitos vietnamitas a falar inglês (entrave apontado por muitos) mas a mim isso não incomoda. Eu também não sou grande coisa no inglês, estamos pagos!
Vi um país seguro onde não teria medo de ir sozinha.


Podem ver estas e muitas outras fotografias nos álbuns da minha página de facebook.

Comentários

  1. Gostei do vosso relato. .. Está na minha lista viagem pela Ásia.
    Se quiser visitar a Ilha da Madeira estou cá
    Cumprimentos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada. Visitei a Madeira em 1992 e voltei aí, a trabalho, por 2 vezes, há 2 ou 3 anos mas só dei uma volta pelo Funchal. A diferença é enorme mas o Funchal continua uma cidade muito bonita.

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Albânia - roteiro de 14 dias com informações úteis

Roteiro pela Andaluzia, sem as cidades grandes

Guia de viagem a S. Miguel (Açores)