NOTA: este artigo é uma preparação de uma viagem. Todas as fotografias foram retiradas da internet.
Curiosidades sobre a Guatemala
O nome "Guatemala" vem da palavra indígena "Quauhtemallan", que significa "lugar de muitas árvores". Outra teoria indica que o nome derivará da palavra "Quhatezmalha" que significa "montanha que verte água". Esta montanha seria o Vulcão Água.
O território da Guatemala foi descoberto em 1523 por uma frota espanhola. Quando chegaram ao território, os espanhóis o encontraram povoado pelos maias-quichés, cachiqueles e tzutoiles. Nada mais restava do antigo esplendor da civilização maia: a tecnologia era atrasada e a atividade económica revelava estagnação cultural. Como outros grupos ameríndios, não tinham descoberto o uso da roda; além disso, por desconhecerem a metalurgia, os seus instrumentos e armas eram de pedra e madeira. A primeira grande expedição, de Pedro de Alvarado, em 1523, entrou pelo território maia, onde encontrou forte resistência, razão pela qual a conquista não pôde completar-se até 1544.
A bandeira da Guatemala é composta por duas cores: azul celeste e branco. A faixa branca entre as duas faixas azuis celeste representa a localização da Guatemala: entre dois oceanos, o Oceano Pacífico e o Oceano Atlântico. A cor branca significa também paz e pureza. Ao centro da bandeira está o brasão de armas da Guatemala, composto pelo quetzal-resplandecente, a ave nacional da Guatemala que simboliza a liberdade; um pergaminho com a data da independência da Espanha - 15 de setembro de 1821; duas espingardas cruzadas, indicadoras da disposição da Guatemala de se defender pela força se necessário; uma coroa de loureiro, símbolo de vitória; e duas espadas cruzadas, que representam honra.
A Guatemala é o berço da Civilização Maia. O território foi o coração de grande parte da civilização Maia e ainda hoje abriga impressionantes sítios arqueológicos como Tikal, Quiriguá e Iximché. O povo maia já tinha, no século III a.C., um sistema de escrita organizado e complexo, o primeiro de toda a região da Mesoamérica. Tinha também vasto conhecimento de matemática, astronomia e de arquitetura. A título de exemplo, o calendário maia é um dos mais complexos e precisos jamais produzidos pelo ser humano. Em comparação com o gregoriano, que utilizamos, é bastante mais preciso já que este último apresenta um desfasamento anual de seis horas entre a contagem dos dias e o movimento de rotação da Terra em torno do Sol, exigindo assim um dia a mais a cada quatro anos para correções (daí dos anos bissextos), facto que não se verifica no calendário maia.
Popol Vuh, o livro sagrado dos Maias Quiché, é uma das obras mais importantes da literatura pré-colombiana e conta a história da criação do mundo e da humanidade segundo a cosmovisão maia. Acredita-se que o manuscrito original do Popol Vuh tenha sido escrito por volta de 1554-1558, em alfabeto latino, no idioma quiché. No entanto, esse manuscrito permanece perdido até hoje. O documento foi traduzido para o castelhano, em 1701, e encontra-se atualmente em Chicago, na Biblioteca Newberry.
A Guatemala possui uma grande diversidade étnica, com uma população indígena significativa que preserva as suas línguas originais, tradições e trajes coloridos. Existem mais de 20 grupos étnicos maias reconhecidos.
Além do espanhol (língua oficial), são faladas 22 línguas maias, o xinca e o garífuna.
A Guatemala declarou sua independência da Espanha em 15 de setembro de 1821.
O quetzal é a ave nacional da Guatemala e também dá nome à moeda local. Esta ave era considerada sagrada pelos antigos maias que usavam as suas penas coloridas como moeda.
Devido à sua localização e altitude, muitas regiões da Guatemala desfrutam de um clima ameno e agradável durante todo o ano, o que lhe valeu o apelido de "País da Eterna Primavera".
A região de Petén, no norte da Guatemala, abriga extensas florestas tropicais.
O Lago Atitlán é considerado um dos mais belos do mundo, sendo cercado pelos vulcões San Pedro, Tolimán e Atitlánpor e pitorescas aldeias indígenas. O lago corresponde a uma caldeira vulcânica gigante, formada após uma erupção colossal, há milhares de anos.
A Guatemala situa-se na junção de três placas tectónicas: a Placa do Caribe, a Placa de Cocos e a Placa da América do Norte, fazendo parte do Anel de Fogo do Pacífico. Este contexto tectónico é a principal causa da intensa atividade sísmica e vulcânica do país.
O país tem 37 vulcões ativos. Os vulcões ativos mais imponentes são: Fuego, Pacaya e Santiaguito. O vulcão de Fuego é um dos mais ativos do mundo, com pequenas erupções diárias e o vulcão Tajumulco é o ponto mais alto da América Central, com 4 220 metros de altitude.
A Guatemala foi uma importante fonte de obsidiana (vidro vulcânico) para a civilização Maia, que a utilizava para fabricar ferramentas e armas.
Cerca de 90% do território da Guatemala tem alto risco sísmico.
Os dois últimos sismos de grande intensidade ocorreram em 1976 e 2012. O sismo de 1976 causou 23 mil mortos, feriu 76 mil pessoas e deixou milhares desabrigados.
Pratos típicos
Pepián – Considerado um dos pratos nacionais da Guatemala, o Pepián é um guisado rico e saboroso feito com carne (frango, vaca ou porco), vegetais (como abóbora, batata, cenoura, ervilha), tomate verde e uma variedade de especiarias, incluindo sementes de sésamo, abóbora e pimenta. Existem variações regionais, mas geralmente é servido com arroz e tortilhas de milho.
Kak'ik – Uma sopa tradicional maia da região de Cobán à base de peru (originalmente), vegetais (repolho, cenoura e alho francês), coentros e especiarias que lhe conferem um sabor defumado e levemente picante. É geralmente servida com arroz branco, tamalitos de milho branco e um molho de pimenta cobanero.
Jocón – Um guisado de frango num molho verde feito com tomate verde (miltomate), coentro, salsa, cebola e alho. É um prato leve e refrescante, geralmente servido com arroz branco e tortilhas de milho.
Hilachas – Carne desfiada (geralmente vaca) cozida em molho de tomate, cebola e pimentões e especiarias. O nome "hilachas" significa "fiapos" em espanhol, referindo-se à textura da carne. É frequentemente servido com arroz branco e salada de repolho.
Revolcado de cerdo - Um guisado espesso feito com carne de porco, pele de porco e uma variedade de vegetais e especiarias. Tem uma textura rica e um sabor intenso.
Subanik - Uma sopa cerimonial maia rica e complexa, tradicional da região central da Guatemala. Contém uma variedade de carnes (frango, vaca, porco), vegetais e especiarias, cozida lentamente para combinar os sabores.
Fiambre – Uma salada fria gigante feita com carnes, queijos, vegetais em conserva e ovos cozidos, preparada especialmente para o Dia de Finados.
Comida de Rua e Snacks
Tamales– Enrolados de massa de milho recheada com carne, vegetais ou feijão, envolvida em folhas de bananeira e cozida no vapor. Existem várias versões, incluindo os tamales colorados (com molho de tomate) e os tamales negros (com chocolate e passas).
Tamalitos ou Chuchitos - Versões menores dos tamales, geralmente feitos apenas com massa de milho e servidos como acompanhamento.
Pupusas – Embora de origem salvadorenha, são populares na Guatemala. São tortilhas de milho recheadas com queijo, feijão ou carne.
Tostadas – Tortilhas de milho assadas ou fritas até ficarem crocantes, cobertas com molho de tomate, guacamole, feijão ou repolho.
Garnachas - Pequenas tortilhas de milho fritas cobertas com carne moída temperada, repolho picado, queijo e um molho de tomate suave. São um petisco popular.
Sobremesas tradicionais
Rellenitos de plátano – são bolinhos fritos, feitos com puré de banana-da-terra, recheados com uma mistura doce de feijão preto e chocolate, polvilhadas com açúcar e canela. São uma sobremesa popular e reconfortante.
Mole de plátano – Bananas-da-terra cozidas em um molho espesso de chocolate, canela e especiarias.
Dulce de ayote – Uma sobremesa de abóbora (ayote) cozida lentamente em calda de açúcar, canela e cravo.
Camote en dulce – Batata-doce caramelizada em melado com canela e cravo.
Buñuelos – Pequenos bolinhos fritos, crocantes por fora e macios por dentro, servidos com uma calda doce feita de mel, açúcar e especiarias como canela e anis. Podem ter diferentes formatos, como argolas ou bolinhas.
Torrejas – Parecidas com rabanadas, são fatias de pão embebidas em uma mistura de ovos, fritas e servidas com calda de açúcar e especiarias.
Frutas Exóticas da Guatemala
Mamey – De polpa laranja e sabor adocicado, lembra um cruzamento entre abóbora e batata-doce.
Nance – Pequena fruta amarela, tem um sabor forte e é usada em bebidas e sobremesas.
Jocote – Pequena e avermelhada, pode ser consumida verde (mais ácida) ou madura (mais doce). Muitas vezes consumida com sal. Existem variedades vermelhas e amarelas.
Granadilla – Uma variedade de maracujá com casca dura e polpa doce e gelatinosa.
Zapote - Uma família de frutas com diferentes variedades, como o Zapote Negro (com polpa escura e cremosa), o Zapote Blanco (com sabor suave) e o Zapote Mamey (com polpa alaranjada e sabor complexo).
Chico Zapote (Sapodilla) - Pequena fruta doce com sabor que lembra açúcar mascavo e textura granulosa.
Guanábana (Soursop) - Fruta grande com polpa branca fibrosa e sabor agridoce, utilizada em sumos e sorvetes.
Paterna (Cushin) - Fruta em forma de vagem com uma polpa branca e doce que envolve as sementes.
Mamón Chino (Rambutan) - Fruta exótica com casca espinhosa e polpa doce e suculenta.
Resumo da História recente da Guatemala
A Guatemala esteve em guerra civil 1960 e 1996. Neste período, o governo guatemalteco manteve um conflito armado com vários grupos de guerrilha, maioritariamente de esquerda, que se lhe opunham.
Estima-se que tenham perdido a vida neste conflito entre 140 000 e 200 000 pessoas; outras 50 000 foram consideradas desaparecidas.
Considera-se que a origem da guerra civil na Guatemala remonta a 1954, quando o presidente eleito foi derrubado por meio de um golpe de estado promovido pela CIA, que tentava desestabilizar a Guatemala. O presidente (Arbenz) tentara realizar uma reforma agrária, entrando em choque com o monopólio exercido pelas empresas norte-americanas sobre as terras agrícolas da Guatemala. O presidente deposto foi substituído pelo coronel Carlos Castillo Armas, ligado a grupos anticomunistas e a esquadrões da morte. Castillo foi assassinado em 1957, sendo substituído pelo general Miguel Ydígoras Fuentes, que assumiu o poder em 1958.
Em 1960, um grupo de jovens oficiais militares montou uma revolta, que no entanto fracassou. Na sequência, vários deles passaram à clandestinidade e estabeleceram estreitos laços com o governo de Cuba. Este grupo converteu-se no núcleo das forças que organizou a insurreição armada contra o governo, que perdurou nos 36 anos seguintes.
Apenas em 1990 se iniciou um processo de negociação entre o governo e a guerrilha. Em dezembro de 1996, um acordo de cessar-fogo permanente foi assinado.
O governo guatemalteco comprometeu-se a realizar reformas estruturais, em troca da paz, e a guerrilha, comprometeu-se a abandonar a luta armada.
Atualmente, apesar de ser formalmente uma democracia, a Guatemala enfrenta desafios significativos, como: corrupção generalizada, interferência no sistema judicial e pressões contra jornalistas e defensores de direitos humanos, ou seja, não é uma ditadura, mas é uma democracia fragilizada e em risco de retrocessos autoritários.
Roteiro
Em julho de 2025, 1 quetzal (GTQ) corresponde a 0,11 €.
Anoitece cedo. Pôr do Sol 18.25h (em Portugal 20.32h).
DIA 11 de agosto
Ida para Antígua (4 noites)
O aeroporto fica a 40 km de Antígua. Ir até uma cabine de transporte coletivo que viaja do Aeroporto para Antígua. O bus deixa-nos na porta do hotel. Não é precisa fazer reserva.
Outra forma é ir de Chicken bus (custa entre 20 e 30 Qz). Para isso, vai-se até El Trebol e apanha-se aí. Custa cerca de 3 €.
Outra forma: A empresa Atitrans tem autocarros do aeroporto para Antígua às 16.30h e 19.30h (sai do Café Baretto, do lado direito da porta de saída do aeroporto). O bilhete comprado diretamente na empresa (aqui) custa 18 dólares e na Guatego custa 23 dólares (aqui). A viagem demora cerca de 2 horas. A empresa Marvelus Travel também faz o transporte em carrinhas de 10 pessoas. Sai do aeroporto às 16.30h e custa 20 USD (aqui). A empresa Palasan tem transporte às 20.00h. em carrinhas e custa 125 Qz (aqui). A empresa Aerointer sai às 19.30h e custa 18 USD por pessoa (aqui).
Esta empresa (aqui) tem transportes para vários sítios.
DIA 12 - Visita a Antígua
Antígua Guatemala foi a primeira cidade planeada das Américas e a capital da colonização espanhola na América Central, tendo sido fundada no início do séc. XVI. Após a sua destruição por um grande terremoto, em 1773, foi abandonada e a capital transferida para Cidade da Guatemala. A cidade permaneceu em relativo abandono durante o século XIX e, em 1813, o arcebispado vendeu mesmo os claustros e igrejas abandonados a particulares. Algumas famílias retornaram à cidade para tomar posse das suas antigas propriedades, o que levou à instalação de autoridades locais e à reabilitação e reconstrução parcial de alguns edifícios
A cidade está rodeada por três vulcões: Água, Acatenango e Fuego, sendo que o vulcão Pacaya também não fica longe. A cidade é pequena (60 mil habitantes) e é desde 1979 Património da UNESCO, pela sua arquitetura colonial e preservação histórica.
-Igreja San Francisco El Grande -é um complexo religioso historicamente significativo e um dos marcos mais referenciados da cidade. Situado a apenas alguns quarteirões da praça central, este local icónico combina a beleza arquitetónica e a importância espiritual. É um exemplo impressionante da arquitetura colonial espanhola. Originalmente construída no século XVI, foi parcialmente destruída por vários terremotos, mas a fachada majestosa, adornada com esculturas e estátuas intrincadas, continua a ser um testemunho da grandeza do seu design. O interior da igreja apresenta altares elaborados, obras de arte religiosas e um ambiente tranquilo. No entanto, a característica mais notável do local é a adjacente Iglesia del Hermano Pedro, dedicada a São Pedro de San José Betancur, um monge missionário beatificado em 1980 e canonizado em 2002 pela Igreja Católica e o primeiro santo da Guatemala. Ele é conhecido pelas obras de caridade e pela fundação de hospitais, escolas e outras instituições dedicadas a ajudar os pobres. Hermano Pedro está enterrado aqui e o seu túmulo é um local de peregrinação para moradores locais. O museu adjacente fornece informação sobre sua vida e legado, com artefactos religiosos, documentos e relíquias em exposição.
Não há taxa de entrada formal para visitar a igreja, mas doações são bem-vindas, especialmente para a manutenção do local.
Um facto interessante sobre este local é que ele se torna especialmente animado durante a Semana Santa, quando as famosas procissões de Antígua passam pela área. A igreja desempenha um papel central nessas celebrações religiosas, com procissões vibrantes em homenagem à Paixão de Cristo.
Em 1935, as ruínas de São Francisco - que não foram reconstruídas até 1967 - foram usadas para filmar várias cenas do filme As Novas Aventuras de Tarzan, especificamente aquelas em que Tarzan e seus companheiros exploradores são capturados pelos adoradores da Deusa Verde e estão prestes a ser sacrificados. As filmagens ocorreram inteiramente na Guatemala e foram feitas também em Chichicastenango, Livingston, Puerto Barrios, Río Dulce, Tikal, Quiriguá e Cidade da Guatemala.
- Tanque união (Tanque La Unión) -localizado na 6.ª Calle Oriente, é um lavadouro público histórico que resistiu ao tempo como um dos marcos mais emblemáticos e únicos da cidade. Construído em 1853, este local foi originalmente projetado para que as mulheres lavassem a roupa enquanto socializavam.
De arquitetura em tons amarelos e vermelhos, tem uma estrutura que consiste num grande tanque de água retangular com diversas bacias de pedra que permitiam que várias mulheres lavassem roupa simultaneamente. O que torna o Tanque La Unión especial é a sua capacidade de transportar os visitantes ao século XIX, quando era mais do que apenas uma área de lavagem. Era um importante ponto de encontro para os residentes de Antígua. Hoje, serve como um símbolo da vida cotidiana na Guatemala colonial e, embora não seja mais usado como lavanderia, é um local histórico onde moradores e turistas se reúnem, principalmente para tirar fotos ou para desfrutar da atmosfera serena.
A melhor altura para visitar Tanque La Unión é no início da manhã ou no final da tarde, quando a luz do Sol cria belos reflexos na água e realça a beleza dos arredores. É também um sítio privilegiado para desfrutar da cultura local e observar a vida em Antígua. É um dos locais mais fotografados da cidade, não sendo cobrado bilhete para a sua visita.
- Catedral e praça principal
A Catedral de San José está localizada numa secção da antiga Catedral Primaz de Antígua (antiga Catedral de Santiago de la Antígua), que foi destruída pelos terremotos de 1773. A primeira construção da catedral começou em 1545 com os escombros trazidos do assentamento destruído no Vale de Almolonga, que havia sido uma segunda tentativa de fundar uma cidade na região. A sua construção completa foi prejudicada por terremotos frequentes ao longo dos anos. Em 1669, o templo foi demolido e um segundo santuário seria inaugurado em 1680. Abaixo da estrutura há uma cripta, além de um conjunto de túneis, cuja utilidade é desconhecida. É possível visitar as ruínas desta primeira catedral.
Após os terremotos de 1773, a catedral foi transferida para Nueva Guatemala de la Asunción (Cidade da Guatemala) em 1779 e a igreja paroquial de El Sagrario, que também funcionava no local, em 1780. Os retábulos, móveis e instrumentos da antiga catedral permaneceram no local, mas em 1783 foram removidos e armazenados no edifício da Universidade de San Carlos, localizado em frente à catedral, e na sacristia da Paróquia El Sagrario. As paredes gigantescas do edifício continuaram em pé; o interior foi usado como cemitério.
Em 1804, o Arcebispo Peñalver y Cárdenas decidiu criar a Paróquia de El Señor San José em Antígua Guatemala, que incorporou três paróquias provisórias que funcionavam nas antigas igrejas de Candelaria, San Sebastián e Los Remedios. Os bens de La Candelaria foram transferidos para o edifício da antiga Universidade de San Carlos Borromeo, e a igreja abandonada. A nova paróquia recebeu entre os bens de Candelaria, uma imagem do Senhor da Descida, que tem sido venerada na paróquia desde então.
Em 1806, o padre Rafael José Luna, pároco de San José, teve a ideia de usar as ruínas da antiga catedral como paróquia; em 1814, o capítulo eclesiástico decidiu aceitar o pedido e em 1819 começaram algumas obras de remodelação no edifício, demolindo partes em ruínas, como as torres dos sinos. As obras pararam por um tempo, até serem reiniciadas em 1832. Quando as obras foram concluídas, a Paróquia de San José mudou-se do antigo edifício da Universidade de San Carlos para a antiga catedral, onde está desde então.
Os terramotos de 1874 e de 1976
continuaram a destruir a catedral.
Nas laterais da Praça Central (Plaza Mayor), além da catedral, estão o Palacio del Ayuntamiento, onde hoje funciona a prefeitura, e o Palacio de los Capitanes Generales, que era sede da Capitania Geral da Guatemala, na época em que a Espanha dominava a América Central.
Para reconstruir a fachada do Palacio de los Capitanes Generales, foram utilizadas as colunas de pedra que permaneceram durante quase cem anos em barracões improvisados em frente ao Palácio, na zona sul da Plaza Mayor. Com a reconstrução, foram reabilitados os setores menos danificados do edifício: o presídio e o gabinete do governador, que começaram a funcionar no edifício em 1896; nesse ano, além da sede política, funcionavam no edifício a primeira secção policial, o tribunal de primeira instância, o primeiro tribunal de paz, a prisão feminina e a administração de receitas.
Do lado oposto ao Palacio de los Capitanes Generales, fica o Palacio del Ayuntamiento, onde hoje funciona a Câmara Municipal (prefeitura). A construção do edifício ocorreu entre 1740 e 1743. Em 1851, um relógio foi colocado no palácio, mas foi removido após o terremoto de 1976 para que seu peso não danificasse a estrutura. Devido à sua estrutura forte e paredes com mais de um metro de espessura, este edifício resistiu a todos os terremotos. Entretanto, em 1853, uma restauração foi necessária.
Entre a Catedral e o Arco de Santa Catalina existe o Mercado de artesanias El Carmen, perto da Igreja de Nuestra Señora de El Carmen, destruída totalmente pelo terramoto de 1773. Neste mercado, aos sábados, domingos e feriados (há site que dizem que é todos os dias), os artesãos oferecem diferentes objetos feitos em tecido, couro, peles, madeira e algumas pedras semipreciosas, como jade.
Na 5ª avenida (rua do arco de Santa Catalina) há também um mercado: Mercado Nim Pot Market. Este lugar está entre os lugares preferidos para visitar em Antígua Guatemala. Além da grande quantidade de peças artesanais que se pode comprar, há também uma secção de pipas gigantes e roupas típicas de segunda mão.
El Mercadito é um mercado localizado em frente ao Central Park. A entrada é pequena, mas ao entrar encontra-se um espaço repleto de produtos guatemaltecos para todos os gostos e bolsos. Tem cerca de 80 barracas onde vendem artesãos Chapine. De joias e itens de cerâmica a decoração, pinturas e produtos de couro… há de tudo aqui.
Finalmente, há o Mercado Municipal de Artesanato, perto do mercado de alimentos e dos chicken bus (foi o que marquei no mapa). É um mercado mais calmo. As suas instalações estão entre as mais confortáveis para adquirir peças artesanais. Isto se deve aos seus amplos corredores com vendas típicas e áreas externas com fontes coloniais. Está na Rua Quatro Poniente.
- Arco de Santa Catalina
Pertencia originalmente às freiras reclusas do convento de Santa Catalina Virgen y Mártir, mas depois da mudança da capital, após os Terremotos de Santa Marta, em 1773, a estrutura ficou abandonada. O Arco de Santa Catalina, o Claustro Conventual e a Nave da Igreja formam o conjunto monumental do Antigo Convento de Santa Catalina Virgen y Mártir, dos quais o arco e a nave da igreja são propriedade do município, sendo o claustro conventual propriedade privada desde o início do século XIX, quando o arco e as ruínas da igreja foram abandonados. O arco foi restaurado na década de 1890 pelo governo e construiu-se sobre ele uma torre de relógio. O relógio do arco necessitava que lhe dessem corda a cada três dias. Foi danificado no terremoto de 1976, deixando de funcionar, mas foi consertado em 1991. Atualmente, o edifício abriga o Hotel Convento de Santa Catalina Mártir, e a rua é conhecida popularmente como a Rua do Arco. Nela se celebra o final do ano e a chegada do ano novo, com uma variedade de espetáculos culturais que vão desde música, poesia e relatos, até danças tradicionais.
A história reza que, em 1609, quatro freiras do Convento de La Concepcion foram autorizadas a fundar um novo convento feminino, o convento de Santa Catalina Virgen y Mártir. Este novo convento tornou-se popular, dado que o dote necessário para entrar era muito menor do que o do Convento de La Concepcion. À medida que a população do convento crescia, as irmãs acharam necessário expandir o edifício. Infelizmente, elas não conseguiram garantir um lote adjacente ao prédio original. Então, em 1693, as freiras projetaram uma ambiciosa expansão, com a construção de uma escola de noviças nos edifícios do outro lado da rua, o que implicava o fechamento da rua que ligava a escola ao mosteiro, já que eram freiras de clausura. Diante da recusa do governo municipal em fechar a rua, foi proposto como solução alternativa: construir o chamado Arco de Santa Catalina, com um corredor fechado que lhes permitia, sem serem vistas, passar do convento para o outro lado. Embora a burocracia não tenha favorecido as obras, o arco foi finalmente concluído em junho de 1694. Três anos depois, o número de freiras nessas instalações subiu para 110, havendo ainda 250 criadas.
- Igreja de La Merced, ao lado da qual ficam as ruínas do Convento de La Merced
Era um santuário e um mosteiro inaugurado
em 1767 e projetado para resistir a terremotos com base nas experiências do
tremor de 1751, tendo, por isso, arcos e colunas mais largos. A
cruz na pedra do átrio e as salas atrás do altar principal são as estruturas
mais antigas de La Merced e datam do século XVII.
Após os terremotos de Santa Marta, em 1773, e contra a vontade do arcebispo e do clero regular, a capital foi
transferida de Santiago de Los Caballeros de Guatemala para um novo local,
conhecido como Nueva
Guatemala de la Asunción. Para impor a mudança, o capitão general Martín
de Mayorga, decidiu obrigar os padres e monges a transferir as esculturas
religiosas mais importantes para a nova cidade; por isso, em 1778 os monges de
La Merced foram obrigados a transferir para a nova cidade as esculturas de
Jesús Nazareno e da Virgem Maria. A ação foi dura para a população, que não queria a transferência. Quando as esculturas foram embaladas em caixas, seus seguidores as acompanharam até às portas da cidade. A caravana chegou à nova capital à noite e
as esculturas foram recebidas por frades franciscanos que as colocaram numa estrutura temporária de madeira localizada onde iriam
construir sua nova igreja. Martín de Mayorga veio verificar a chegada, que
marcou o fim da árdua mudança. Em 1801, a irmandade de Jesús Nazareno de la
Merced transferiu o altar da escultura para a nova capital, embora a nova
igreja ainda não tivesse sido construída.
Porém, a igreja conhecida então como
"Oratorio de La Merced" não sofreu grandes danos no terremoto e
ainda estava aberta ao público; conservou seus tesouros e altares até 1813,
quando foi inaugurada a igreja da nova capital. Ainda assim, mesmo quando todas
as esculturas e altares se mudaram para a nova cidade, a antiga igreja
permaneceu aberta. Finalmente, em meados do século XIX, a paróquia de San
Sebastián mudou-se para esta igreja e continua lá até hoje.
Dentro das ruínas do mosteiro há uma fonte de 27 m de diâmetro, considerada a maior da América hispânica. Ela tem o formato de um nenúfar (tradicionalmente um símbolo de poder para os maias), e motivos de lírios também aparecem no arco de entrada da igreja. Subir as escadas para ter uma vista aérea da fonte e da cidade.
- Cerro de la Cruz (20 minutos a pé)
No topo das colinas que cercam a cidade de Antígua Guatemala fica o Cerro de la Cruz que oferece uma vista panorâmica da cidade.
Acessível por uma curta caminhada ou tuk tuk, o cume revela uma vista panorâmica dos edifícios da cidade listados pela UNESCO, ruas de paralelepípedos e os vulcões Água (domina ao centro), Fogo e Acatenango (do lado direito, quando virados para a cidade). O Cerro de la Cruz é um local de visita obrigatória para moradores e turistas. Recebe o nome da cruz imponente que fica sobre ele e que foi erguida na década de 1930. A cruz simbolizando tradições religiosas, oferece esperança e proteção a todos que entram em Antígua.
Além das vistas, é um lugar para contemplação silenciosa e descanso. Bancos convidam à imersão no cenário e é um ponto de encontro para famílias, amigos e casais. O local incorpora a história, cultura e resiliência de Antígua, uma testemunha de sua evolução. Está aberto entre as 7.00h e as 18.00h.
O parque que cerca o parque passou por uma grande reforma nos últimos anos.
DIA 13
Ida ao vulcão
Acatenango
Em alternativa, se o tempo estiver nublado, ir ao vulcão Pacaya
Saída para o Vulcão Acatenango: 6.30h, 7.00h ou 8.00h (dependendo da empresa)
Chegada: 13.00h do dia seguinte
Tempo de subida: 5 horas + 3 horas para ir ao Fuego (opcional + 200Qz)
Exemplo de empresas: Adrenalina Tours (aqui) 95 USD - 125 USD V-Hiking Tour (aqui) - os brasileiros foram nesta (tem roupas para alugar) - 600 Qz (cabine com 4 pessoas) ou 850 Qz (cabine sozinha). Soy Tours (aqui) - 600 Qz (parece que emprestam roupa). Tropicana (aqui) - 89 USD (inclui roupa). A Wicho & Charlie´s e a Trek Guatemala são mais caras (aqui) e (aqui). Ox Expeditions (tem roupa para alugar ou até parece que emprestam; as cabanas são de 6 pessoas, em madeira. Parecem boas) - 89 USD + 100 Qz (para a entrada) - também há bons relatos.
O Vulcão Acatenango é um estratovulcão ativo com 3 976 m de altura. Tem dois picos, o Pico Mayor e o Yepocapa (3 880 m) que também é conhecido como Tres Hermanas. O Acatenango junta-se ao Volcão de Fuego no complexo vulcânico conhecido pelo nome La Horqueta.
As únicas erupções históricas conhecidas do vulcão Acatenango ocorreram no século XX, entre 1924 e 1927 ao norte do pico do cume (Pico Mayor) e novamente em dezembro de 1972 entre Yepocapa e Pico Mayor. Essas erupções geraram bombas vulcânicas que caíram perto das crateras do cume e cinzas vulcânicas finas que caíram até 25 km de distância.
No tempo pré-histórico, o Acatenango entrou em erupção explosivamente para formar depósitos de queda generalizados, fluxos piroclásticos quentes e fluxos de lava. Houve inúmeras erupções durante os últimos 80 000 anos. As erupções explosivas mais recentes do Acatenango ocorreram há 1 900 anos (Pico Mayor), há 2 300 anos (Pico Mayor) e há cerca de 5 000 anos (Yepocapa). Se tais erupções se repetissem, muitas pessoas e infraestrutura estariam em risco.
O Vulcão de Fogo é um estratovulcão ativo que fica aproximadamente 16 km a oeste de Antígua Guatemala. "Fuego" é famoso por estar quase sempre ativo, embora num nível baixo. Fumo é emitido do topo diariamente, mas erupções maiores são raras, tendo a última ocorrido em agosto de 2007, quando expeliu lava, rochas e cinzas. No ano de 2018, mais precisamente no dia 03 de junho, registou-se uma grande explosão. Nessa altura, o vulcão, de 3 763 metros de altura, gerou entre sete e nove explosões por hora e expeliu uma espessa coluna de fumo com 4 800 metros acima do nível do mar. Tanto a erupção como a constante atividade vulcânica subsequente afetou 1,7 milhões de pessoas, deixou 12 400 desabrigados, 197 desaparecidos, 58 feridos e as 110 mortes confirmadas.
Descansar ou ver o que não vi em Antígua ou ir ao vulcão Pacaya. Também podemos ir a Ciudad Vieja que foi a 2.ª capital da Guatemala (fica a pouco mais de 5 km de Antígua).
DIA 15 de agosto (sexta-feira)
Ida para o lago Atitlan (Panajachel)- 4 noites (ficar num hotel o mais próximo do lago possível)
Há quem recomende ficar em San Juan La Laguna ou San Marcos La Laguna. Nesse caso, vamos até Panajachel e daí vamos de táxi aquático. Talvez fosse boa ideia ficar uma noite em San Juan para fazer a caminhada ao nascer do sol.
O mais típico é apanhar um chicken bus (autocarro escolar americano transformado). O mais cómodo é ir de van partilhada, já que nos vão buscar à porta do hotel e nos levam ao hotel em Panajachel ou ao porto.
O preço do chicken bus é de 50 Qz e sai às 7h da estação de bus que fica ao lado do mercado central. Estar meia hora antes. Demora cerca de 3 horas. Na estação, haverá motoristas a gritar e convidar os clientes a embarcar. Estes autocarros param em Chimaltenango, pois não há chicken bus diretos para o Lago Atitlan. Dizer ao motorista do bus o nosso destino final, ele ajudará a encontrar o próximo bus em Chimaltenango. Em Chimaltenango, a paragem do bus não é uma estação, é à beira da estrada e é aí que que vai ter outro chicken bus que leva até Panajachel.
Prendem a bagagem no teto. Isso é comum tanto em chicken buses como em shuttles turísticos (e barcos também!), mas se a mochila não for grande pode ser que nos deixem levar connosco. Dizem que é uma aventura e que devemos estar atentos às mochilas porque há roubos.
Há várias empresas que fazem a viagem em van partilhada. Há 4 horários durante o dia (5.30h, 8.00h,12.30h e 16.00h). Estas vans demoram de 2,5 horas a 3 horas, vão buscar ao hotel e custam 23 a 25 dólares.
Pode-se comprar o bilhete na Guatego (aqui) ou diretamente nas empresas (mais barato).
Empresas: Palasan (aqui) - 5.00h, 8.00h, 12.30h e 16.00h. Não diz que vai buscar ao hotel. Custa 150 Qz
Atitrans (aqui) - os mesmos horários; vão buscar ao hotel. Custa 20 USD.
Magictravel (aqui) - os horários são os mesmos, mas não diz quanto custa. A empresa também está na Guatego.
Também se pode ir de Uber, mas sairá mais caro (40 € a cada).
Entre Antigua e Panajachel existem as ruinas Iximché. Podemos ir, mas se calhar não vale a pena parar lá (vamos com as mochilas). Foi a primeira capital da Guatemala (mais precisamente Tecpán).
Lago de Atitlan
O Lago Atitlan (que significa “lugar de água” na língua indígena náuatle) fica a mais de 1500 metros acima do nível do mar e é considerado um dos lagos mais bonitos do mundo. Apesar de ser considerado o mais profundo da América Central, o seu fundo não foi ainda completamente estudado, estimando-se que a sua profundidade máxima seja de 340 metros. Cobre uma área total de 126 km², encontrando-se rodeado por escarpas altas e por três vulcões: Atitlan, Toliman e San Pedro. Nas margens do lago localizam-se várias vilas e aldeias maias. As comunidades são alcançadas por barco ou estradas de montanha que podem ter breves extensões ao longo da costa, pois não há nenhuma estrada que circunde o lago.
Santiago Atitlán é a maior das comunidades à beira do lago, e é conhecida pela sua adoração a Maximón, um ídolo formado pela fusão de divindades maias tradicionais, santos católicos e lendas de conquistadores. A efígie institucionalizada de Maximón está sob o controle de uma irmandade religiosa local e reside em várias casas de seus membros durante o ano, sendo movida mais cerimonialmente numa grande procissão durante a Semana Santa.
O lago tem origem vulcânica e ocupa uma enorme caldeira formada após uma erupção ocorrida há 84 mil anos, denominada Los Chocoyos (chocoyo é um tipo de ave - periquito - muito observado nidificando em camadas de cinzas macias). Desde o final de Los Chocoyos, o vulcanismo continuado fez surgir três novos vulcões na caldeira. O vulcão Atitlán (3 537 m) situa-se na orla norte da caldeira, enquanto o vulcão San Pedro (3.020 m) e o vulcão Tolimán (3158 m) se encontram no seu interior. O San Pedro é o mais antigo dos três e parece ter cessado a sua atividade há 40 000 anos, após a qual parece ter iniciado a atividade do vulcão Tolimá. Este vulcão é provavelmente ativo, embora não haja registos de erupção em tempos históricos. O Atitlán desenvolveu-se na sua quase totalidade nos últimos 10 000 anos, permanecendo ativo. A sua erupção mais recente ocorreu em 1853.
Em 4 de Fevereiro de 1976 a Guatemala foi atingida por um forte sismo de magnitude 7,5, que fraturou o leito do lago, fazendo com que parte da água deste se infiltrasse, o que causou uma diminuição do nível da água no lago de quase 5 metros, durante um mês.
As margens do lago Attlán era povoado por dois dos 21 grupos étnicos maias da Guatemala: os Tz'utujil e os Kaqchikel.
O lago suporta extensas plantações de café e uma variedade de culturas agrícolas, sobretudo milho, sendo o lago em si mesmo rico em vida animal que constitui uma fonte de alimento significativa para as populações ribeirinhas. Têxteis e cerâmica são produtos de artesanato típicos das aldeias em torno do lago.
Em 1958, para atrair mais turistas pela pesca recreativa, o robalo, um peixe não nativo, foi introduzido no lago. Isso desencadeou uma reação em cadeia com consequências devastadoras: desaparecimento de peixes e aves locais; e o aumento significativo da poluição causada pela indústria do turismo contribuiu para a ameaça a este tesouro natural e cultural único.
Em 1996, um mergulhador guatemalteco (Roberto Samayoa Asmus) descobriu diversos artefactos em cerâmica no fundo do lago, assim como restos de escadas e de muros. O mergulhador batizou o seu achado com a aglutinação do seu sobrenome “Sama” e o termo maya “Abaj” (pedra), formando assim Samabaj. Assim ficou conhecido o sítio arqueológico.
A história de Samabaj é a seguinte:
Há cerca de 2000 anos (entre 400 a.C. e 250 d.C.), uma comunidade nativa da Guatemala ocupou uma pequena ilha localizada no Lago Atitlán. Neste pequeno espaço, com pouco mais de 400 por 350 metros, ergueram em pedra vulcânica talhada, algumas habitações, escadarias e templos, constituindo uma aldeia, um local de peregrinação e de oferendas, uma vez que o lago é rodeado por vulcões sagrados; Samabaj assemelhar-se-ia ao que foi a Ilha do Sol, no lago Titicaca para os incas e tiwanakus.
Os estudiosos ainda debatem os motivos que causaram a submersão de Samabaj no passado. Alguns acreditam que uma violenta tormenta – do género da que ocorreu em 2005, com o Furacão Stan – tenha aumentado o nível do lago; enquanto outros estudos apontam a possibilidade de uma erupção vulcânica ter elevado o fundo do Atitlán. O que se sabe é que por volta de 200 d.C., uma repentina elevação do nível do lago invadiu as construções, obrigando os moradores a abandonarem a localidade. Por fim, as águas engoliram a aldeia, sepultando-a a cerca de 20 metros abaixo do atual espelho d’água.
É possível apreciar as peças resgatadas de Samabaj no Museo Lacustre de Atitlán, na cidade de Panajachel, que está aos cuidados do mergulhador Roberto Samayoa Asmus.
Visitar Panajachel no resto do dia:
(Panajachel tem 16 100 pessoas)
- Ir ao mercado municipal.
- Igreja de São Francisco de Assis (igreja católica), construída pelos franciscanos no século XVI. Partes da estrutura original permanecem até hoje.
- Casa Cakchiquel para visitar a loja de artesanato indígena e admirar a exposição de fotografias antigas da região. O centro cultural já foi um hotel e os moradores contam histórias sobre os famosos que já se hospedaram lá, como o escritor Aldous Huxley e Che Guevara.Construído em 1948, o "El Cakchiquel" foi um dos primeiros hotéis no Lago Atitlán. Ao longo dos anos, tornou-se um ponto de encontro de intelectuais, artistas e escritores, com lendas como Ernesto “Che” Guevara e Ingrid Bergman entre aqueles que enfeitaram seus salões.
Hoje, a casa foi cuidadosamente restaurada e agora funciona como Museu e Galeria, exibindo algumas das fotografias históricas mais notáveis da Guatemala. O museu e galeria de fotografia está aberto de terça a domingo das 12h às 18h.
- Ver exemplos de arte popular indígena em La Galeria. A La Galeria expõe arte desde 1973. Originalmente aberta para mostrar o trabalho do pintor guatemalteco Nan Cuz, apresenta hoje uma ampla seleção de artistas nacionais e internacionais. O edifício, único, também é usado para eventos culturais e abriga uma extensa coleção de arte popular. A galeria está aberta horário de funcionamento:9:00h - 12:00h; 14.00h - 18.00h. Está fechado às terças-feiras.
- Visitar o Museo Lacustre. Este museu encontra-se na Posada Don Rodrigo, no final da Calle Santader e está aberto todos os dias, entre as 8.00h e as 18.00h. Aqui pode-se observar os artefactos da aldeia Samabaj, recolhidos do fundo do Lago Atitlan. A entrada custa 35 Qz.
- À noite, ir à Calle Santander, a rua principal com inúmeros bares e restaurantes que servem pratos locais. Há sempre diversas opções para quem sente falta de uma comida caseira. Há diversas opções de casas noturnas para as pessoas em busca de agito em Panajachel.
- Fazer um passeio panorâmico ao longo da margem do lago - a paisagem é o que há de mais giro na terra (passar pelo I Love Panajachel (photo spot)).
Neste dia ou no dia seguinte
Santa Catarina Palopó
O nome “Santa Catarina Palopó” (4 800 pessoas) tem origem religiosa e local. “Santa Catarina” refere-se a Santa Catarina de Alexandria, uma santa cristã muito venerada no catolicismo. “Palopó” de K'akch'ikel significa “Árvore Amate”. Amate era a árvore cuja parte interna da casca era cozida. O material fibroso resultante era moído com uma pedra dando origem a um papel de cor castanha clara com linhas corrugadas.
Para ir de Panajachel a Santa Catarina Palopo há duas opções (é perto de Panajachel, mas a subir e a descer):
1. Qualquer tukt uk que passe. Leva à volta de 20 minutos e custa à volta de 25 Qz por pessoa.
2. Ir até o ponto de partida dos "carros" públicos para Santa Catarina. De lá, pode-se embarcar numa picup (Q5), que nos leva até à praça principal de Santa Catarina. As picup são mais rápidas e baratas, mas pode ser necessário esperar um pouco mais para que haja passageiros suficientes antes da partida. As picup em Panajachel param em La Despensa familiar, o maior supermercado de Panajachel, localizado na estrada que leva a Jucanya, na esquina das ruas Rancho Grande e El Amate.
A vantagem de fazer todo o caminho de tuktuk é que se pode pedir ao motorista para parar no mirante no topo da colina, pouco antes de descer para a cidade, para tirar uma foto da vista completa das casas coloridas que se espalham pela encosta.
Na volta, vai-se até à praça principal e apanha-se novamente um tuk tuk ou uma van para voltar para Panajachel.
Santa Catarina Palopó, é um pueblo de 6 000 pessoas que ainda mantém um forte senso de identidade cultural maia, uma vez que quase toda a população é maia( são Kaqchikel) e a maioria das pessoas ainda usa o traje tradicional, com todas as mulheres a vestirem huipiles (blusas) tecidas à mão em tons de azul e turquesa, com saias longas e turbantes coloridos.
Como muitas comunidades rurais, a região sempre dependeu de economias tradicionais e da agricultura de subsistência para sobreviver. Mas, nas últimas décadas, a cidade passou por dificuldades e, com poucos turistas, entrou em declínio acentuado, com taxas de pobreza chegando a mais de 70% e falta de oportunidades profissionais.
Para ajudar a resolver esse problema, um jornalista guatemalteco chamado Harris Whitbeck criou um plano para regenerar a cidade pintando todas as suas 850 casas com cores bonitas. Trabalhando com designers guatemaltecos para criar o visual, eles lançaram o projeto 'Pintando El Cambio' – que significa 'Pintando para a Mudança'.
Usando a arte como um instrumento para uma mudança positiva, o objetivo era transformar Santa Catarina Palopó de uma vila carente e decadente num destino cultural e turístico próspero, trazendo novas oportunidades económicas, maiores investimentos comunitários e um renovado senso de orgulho pela área.
Qualquer família pode se candidatar para ter sua casa pintada gratuitamente. Elas escolhem as cores e os desenhos a partir de uma seleção aprovada, inspirada nas cores tradicionais dos "huipiles" usados pelas mulheres, além da natureza e do imaginário maia. Em troca, os moradores devem concordar em ajudar o pintor com seu trabalho, manter a área ao redor da casa limpa e enviar seus filhos para a escola local.
A tinta é produzida por uma empresa guatemalteca e é ecologicamente correta. Cada embalagem é misturada com água para aumentar sua durabilidade, e cal é adicionada para ajudar a proteger as casas da chuva e do mofo.
Há quatro pintores locais que trabalham em tempo integral no projeto; eles gostariam de contratar mais, mas não há dinheiro suficiente para pagá-los.
Quase todas as 850 casas estão pintadas. O fundo azul das casas é inspirado nas águas do Lago Atitlán. Muitas têm pintados veados, o tradicional pássaro de duas cabeças, Ixcot, borboletas e padrões geométricos. Outro importante símbolo maia frequentemente representado é a milpa (milho).
Graças ao projeto Santa Catarina Atitlan viu o turismo e os negócios aumentarem, as ruas estão mais limpas e melhor cuidadas, e há um novo senso de orgulho comunitário.
De Catarina Palopó vê-se o Cerro de Oro.
Diz a lenda que a silhueta do Cerro de Oro inspirou Antoine de Saint-Exupéry, o autor do conto O Principezinho.
Enquanto estava na Guatemala, Saint-Exupéry sofreu um grave acidente de avião, em 1937. Enquanto se recuperava, ele morou em Antígua e visitou o Lago Atitlán em diversas ocasiões. Diz-se que a forma do elefante é a do Cerro de Oro.
DIA 16 (e dia 18) - Visitar as aldeias em redor do lago
Existem dois embarcadouros em Panajachel. O embarcadouro mais central está localizado no final da Calle del Embarcadero, que pode ser acessada pela Calle Principal. Este embarcadouro atende rotas para Santa Cruz/San Marcos/San Pedro/Jaibalito/Tzununa. O outro embarcadouro está localizado no final da Calle Del Rio, perto da foz do Rio Panajachel. Este embarcadouro atende rotas para Santiago Atitlan, San Antonio Palapo, Santa Catarina Palapo e San Lucas Tolimán.
Depois existem barcos em todos os lados que fazem viagens, tipo táxis que não tem horário fixo. O barco vai quando tiver clientes. Não é preciso reservar. Paga-se quando se entra no barco. Entre algumas aldeias também se pode ir de tuk tuk.
O preço dos barcos públicos é de 2 Qz para os locais e de 25 Qz para os turistas.
Empresas locais também fazem passeios. Por exemplo na calle del Embarcadero fica a empresa Xocomil Tours (aqui) que faz passeios para San Juan, San Pedro e Santiago todos os dias (sai às 9.00h e chega às 15.30h) e custa 30 USD por pessoa.
Embora haja 15 aldeias ou vilas à volta do lago, estas são as principais.
Todas as cidades em redor do lago viram o seu nome convertido para nome de santos, após a conquista espanhola. Também o nome do lago foi alterado. Antes da conquista espanhola, o lago chamava-se Tzunun, que significa colibri na língua maia.
San Marcos de La Laguna
De Panajachel a San Marcos, o barco custa 20-25 Qz e demora 40 minutos; de San Marcos a San Pedro, custa 10Qz e demora 15 minutos.
San Marcos La Laguna (3 000 pessoas) é conhecida como a “cidade hippie” do Lago Atitlan. É descrita como tendo uma vibração secreta, silenciosa e até uma atmosfera assustadora. É conhecida por atrações espirituais como aulas de ioga, cerimónias de cacau, aulas de dança e retiros de bem-estar. Muitas dessas atrações são lideradas pela grande comunidade de estrangeiros. No entanto, coisas como cerimónias de cacau são frequentemente organizadas por moradores locais.
A localidade é berço de tradições antigas, preservando os costumes do povo maia Tz'utujil. Os terrenos sagrados, repletos de antigos altares maias, oferecem um vislumbre da profundidade espiritual deste local encantador. A envolver a terra, há colinas verdejantes. A Reserva Natural Cerro Tzankujil, do lado oeste da terra, atrai os entusiastas da natureza com trilhas pitorescas, que levam à encosta do penhasco que oferece vistas panorâmicas do Lago Atitlán. A reserva também abriga o icónico “trampolim”, onde os mais aventureiros podem saltar nas águas cristalinas abaixo.
Pode-se tomar banho.
San Juan de La Laguna
De Panajachel, o trajeto custa 25Qz e leva de 25 a 40 minutos, dependendo das condições climáticas e do número de paragens. De San Pedro, o trajeto de tuk tuk custa cerca de 15Qz e leva de 8 a 12 minutos e de barco custa 10 Qz e leva cerca de 5 minutos.
De San Marcos não chega a 7 km e há estrada.
Entre San Marcos e San Juan, fica Santa Clara e dois dos miradouros mais giros sobre o Lago. Pode-se fazer o trilho desde San Juan, mas se calhar não vale a pena. Os miradouros são Indiana Nose e Mirador Chuich ok'ok'.
A ideia pode ser ir de barco até San Marcos e daí alugar um tuk tuk, ir ao miradouro do Cerro de Tzankujil (ainda em San Marcos e depois ao de Chuich ok'ok' que fica ao pé da estrada e daí até Santa Clara. De Santa Clara até ao miradouro Indiana Nose são 6,5 km (ida e volta) e para chegar lá demora-se 45 min. Depois apanhar outro tuk tuk e ir até San Juan ou então ir a pé do miradouro Indiana Nose até San Juan (4 km a descer). Dai voltar para Panajachel de barco (no total por estrada- San Marcos - Santa Clara - San Juan são 21 km). Ver mais abaixo a descrição da trilha. Há a opção de tours a partir de San Pedro, San Juan ou San Marcos, mas custam à volta de 40 USD por 4 horas. Acho que não vale a pena.
San Juan La Laguna (13 400 pessoas) é por muitos considerada a mais bonita de todas as vilas do Lago Atitlan. Tem uma atmosfera única, colorida e animada. As cooperativas de tecelagem femininas (artistas Tzutujil) são a principal atração de San Juan. Isso faz de San Juan uma cidade fantástica para comprar tecidos. Várias cooperativas podem ser visitadas e aprender sobre o processo de como os tecidos são feitos.
Em toda a localidade há exposições de arte e muitas opções de compras, tornando-a indiscutivelmente uma das melhores terras do lago para comprar souvenirs. É ainda possível aqui ter outras experiências, como por exemplo: degustação de chocolate, passeios com café, aulas de tecelagem e passeios com plantas medicinais.
Perto da rua principal fica a fábrica de chocolate artesanal Licor Marron onde, gratuitamente, se pode assistir a todo o processo de fabricação do chocolate, do cacau ao produto final. A fábrica tem loja.
Outra atividade que se pode fazer é um tour sobre abelhas endémicas da Guatemala (meliponas). É curto e agradável, mas bastante informativo! Eles descrevem os diferentes tipos de abelhas, os seus ciclos de vida e algumas curiosidades. As meliponas são um tipo de abelhas sem ferrão.
San Juan também tem um miradouro (Mirador Kaqasiiwaan), mas indo a um dos outros, acho que não vale a pena.
TRILHA LONGA
Até Indian Nose (fica entre San Juan e Santa Clara), o início da trilha faz-se em San Juan. Tem cerca de 8 km (ida e volta) e demora-se 2 horas e meia a 3 horas a subir e paga-se 30 Qz para entrar no parque (acho que não vale a pena). Os tours chegam ao miradouro por Santa Clara.
A foto da esquerda é do miradouro Chuich ok'ok e a da direita do miradouro do Indiana Nose
San Pedro de La Laguna
É possível chegar a San Pedro La Laguna por barcos regulares que atravessam o Lago Atitlán a partir de Panajachel (45 min) e Santiago Atitlán (30 min). San Pedro fica perto de San Juan e pode-se ir de tuk tuk ou de barco.
San Pedro (11 800 pessoas) é conhecida como a "cidade dos mochileiros" e está localizada na base do vulcão San Pedro. A vida noturna aqui é vibrante. De dia, o ambiente é mais calmo, mas existem muitos restaurantes e cafés.
Visitar o museu da cultura Tz'utujil. Este museu é pequeno (leva 25 - 30 minutos a ver), mas tem uma sala onde é exibido o filme sobre a formação do Lago Atitlán, a cultura e a história Tz'utujil. Conta também com salas dedicadas à geologia e à vulcanologia, onde é possível observar a formação dos vulcões e os tipos de rochas, além de um mapa em relevo do Lago Atitlán. Há uma exposição de fotografias da década de 1940 que mostram como era a vida nessa altura. Outra sala mostra o processo de fabricação de tecidos e trajes tradicionais.
Há também uma sala dedicada ao calendário maia e à descoberta dos nahuales, com aconselhamento personalizado.
Na cultura Maia, o nahual, também chamado de nawal ou nagual, é um espírito protetor que adquirimos à nascença e que nos protegerá para o resto da vida. Cada pessoa tem o seu próprio nahual, dependendo do dia em que nasceu aplicado o calendário Cholq'ij.
No museu imprimem e explicam o nosso nahual.
O museu está aberto de terça a sábado (noutros sítios dizem de segunda a sexta), das 9h às 17h. O bilhete custa 35 Qz para estrangeiros e o museu fica na 6.ª avenida.
Pode-se visitar a Oficina de Tecelagem Teixchel. Fazem workshops às 10 e 17h. Pode-se comprar peças (na net um cachecol custa 36 USD). Fica na rua do cais principal (em frente ao café Cristalinas).
Pode-se ainda visitar uma plantação de café (2 a 3 horas).
Perto do cais pode-se ver moradores a lavar roupa, loiça e mesmo a tomar banho.
Perto de San Pedro há algumas praias isoladas, é o caso da Playa La Finca, uma praia de areia preta onde se pode tomar banho. Para lá chegar ir de tuk tuk. O melhor sítio é a parte mais afastada da praia, perto de um campo de basquebol. Caminha-se um pouco até à praia por uma trilha. No caminho, passa-se por uma fazenda de café abandonada (com uma grande laje onde secavam os grãos de café).
Santiago de Atitlan
É possível chegar a Santiago de Panajachel (25 Qz) e de San Pedro de barco (10 Qz). Em San Pedro há dois cais de barcos. O cais para apanhar o barco para Santiago está localizado no final da Calle Rancho Grande e os barcos partem aproximadamente a cada 30 minutos.
Santiago (45 000) é a cidade menos turística, mas onde muitos habitantes vestem os trajes típicos.
Em Santiago venera-se Maximón, uma figura que mistura de crenças católicas e maias. É conhecido por ser intermediário entre o divino e o terreno e considera-se uma divindade que pode ajudar em situações difíceis.
A aparência de Maximón varia muito de acordo com o local. Embora seja popularmente retratado como um homem de fato e chapéu, isso não é uma constante. Em Santiago Atitlán, usa gravatas coloridas, enquanto noutros sítios usa óculos escuros. É natural que esteja rodeado de rum e tenha cigarros.
Supõem-se que seja uma representação do deus maia Mam
misturada com São Simão, o padroeiro das bruxas. Diz a lenda que um dia,
enquanto os homens trabalhavam no campo, Maximón dormiu com todas as mulheres
da aldeia. Ao perceberem isso, os homens furiosos cortaram-lhe os braços e as
pernas. Assim, a estátua de madeira não tem braços nem pernas para que Maximón
não possa escapar e cometer as atrocidades de antigamente. No entanto, ainda
mantém os hábitos de antigamente: beber e fumar. É colecionador de gravatas,
usa perfume, muda de casa uma vez por ano e é um grande amante de dinheiro
fácil.
O altar de Maximón em Santiago Atitlán é guardado pela cofradía de Santa Cruz (uma das 10 irmandades da cidade) e em cada ano, geralmente após a Semana Santa ou no início de maio, é guardada na casa de um dos membros da cofradía (irmandades religiosas).
É possível visitar. Perguntando no cais ou a uma pessoa do tuk tuk (“¿Dónde está la casa de Maximón este año?” todos vão saber. Também se pode perguntar no Museu Cojolya. Na visita é de bom tom dar dinheiro (10 ou QZ). Podem cobrar mais se quisermos tirar fotografias. Marquei no mapa onde está este ano (está marcado como 2023-2024).
Se não conseguirmos ver Maximón em Santiago, podemos ver no El Museo Nacional de Arqueología y Etnología (MUNAE), na cidade da Guatemala, embora com uma aparência diferente.
A Igreja Santiago Apóstol é a principal igreja de Santiago e uma das mais antigas da Guatemala. A arquitetura mistura o estilo tradicional e colonial e no interior é possível ver uma imagem de Santiago, o apóstolo, vestido com trajes típicos da região.
Esta igreja é umsímbolo da luta por justiça, dignidade e paz, tendo tido um papel simbólico e humanitário durante a guerra civil da Guatemala.A igreja tornou-se umponto de resistência pacíficae deacolhimento comunitário. Sob a liderança dePadre Stanley Rother, um missionário norte-americano, a paróquia ofereciaajuda humanitária,educaçãoeapoio pastoralà população Tz'utujil, muito afetada pelo conflito. O Padre Rother defendeu abertamente os direitos da comunidade indígena, denunciandoabusos das forças armadase desaparecimentos forçados e foiassassinado em 1981dentro da casa paroquial. Em 2017, foi beatificado pela Igreja Católica como"Beato Stanley Rother" (primeiro mártir norte-americano).
Interior da igreja, é possívelvisitar a capela onde o padre foimorto. Há aí uma placa comemorativa e elementos preservados da época. O coração de Padre Rother está enterrado na igreja (no chão da nave lateral da igreja), enquanto o seu corpo foi levado para os EUA. Há ainda um pequeno museu na casa paroquial (la casa parroquial).
Junto à igreja fica o mercado, um centro movimentado (mais ao domingo) de atividades locais. Neste mercado pode-se encontrar produtos frescos, tecidos e uma oportunidade de ver os moradores locais.
O Museu Cojolya(Associação Cojolya de Mulheres Tecelãs Maias) é um pequeno museu e showroom dedicado à arte da tecelagem em tear de cintura. Exposições bem projetadas mostram a história do ofício e o processo desde a fiação das fibras de algodão até o tecido final. Há uma loja, demonstrações diárias de técnicas de tear de cintura. Este tipo de tear é um tradicional de tear manual usado por muitas culturas indígenas na América Latina, especialmente pelas mulheres maias na Guatemala. O nome vem do facto de o tear ser preso de um lado a um ponto fixo (como um poste ou árvore) e do outro ao corpo da tecelã, geralmente à cintura, com uma cinta. A tecelã controla a tensão do tecido com a posição do seu corpo, o que torna o processo muito físico e altamente artesanal.
Na cidade há ainda o Parque da Paz, que foi construído para homenagear aqueles que perderam a vida durante a guerra civil (nada de especial, pelo que vi).
DIA 17 (domingo) - Chichicastenango
Há van às 8.00h (chega às 9.30h), com volta às 14.00h para chegar às 16.00h (aqui), que custa 20 USD mas também há viagens de ida e de volta compradas em separado que custam o dobro. Ver lá se há transporte mais local. Há agências na Rua Santander, mas deve haver noutros sítios, como o supermercado Despensa. Na rua Santander, há uns autocarro que saem de ao pé da Posada Don Rodrigo. Nestas van, o bilhete custa 15 para cada lado. A empresa Altiplanos sai às 8.00h e volta às 14.00h e custa 10 USD para cada lado.
Há autocarro do povo, que vai até Los Encuentros e daí até Chichicastenango. Apanha-se na avenida principal, ao pé dos bombeiros (marquei no mapa). A empresa chama-se Rebuli.
Outra hipótese: De Panajachel chicken bus até Solela, de Solela chicken bus até Los Encuentros e de Los Encuentros uma van até o mercado de Chichi. 25 QZ por pessoa. A volta mesmo trajeto.
No Mercado de Chichicastenango (mercado de "Chichi"), os souvenires são mais baratos do que em Antígua ou Flores. O mercado é considerado o maior da América Central no seu género e atrai não apenas a população quiché local, mas também vendedores e compradores estrangeiros. Todos eles criam uma grande mistura de cores, dialetos e costumes, para oferecer aos clientes de quase todo o mundo seus variados produtos têxteis bordados à mão ou em tear, como blusas, toalhas de mesa, bolsas, calças, belos cintos, além de objetos de cerâmica e uma grande variedade de máscaras, algumas usadas em antigas danças tradicionais.
A Igreja de Santo Tomás, do séc. XVI, foi construída pelos espanhóis sobre um templo maia onde foi descoberto o Popol Vuh, o livro sagrado dos quichés. A igreja possui uma escadaria original com 18 degraus que representam os meses do calendário maia e delicadas imagens, e em cujo interior se misturam cerimónias ancestrais e o catolicismo. Seis pessoas são responsáveis pelo cuidado das imagens durante 365 dias do ano, realizando o trabalho de forma honorária.
Situado ao lado da icónica Igreja de Santo Tomás, o Museu Regional de Chichicastenango é uma joia escondida que oferece um vislumbre fascinante da rica história e cultura maia. Este museu singular apresenta cerca de 500 artefactos dos períodos Clássico (200 d.C.) e Pós-Clássico (1200 d.C.) da antiga civilização maia.
O cemitério é muito interessante. Os túmulos maia somente têm a data falecimento e os de cristãos têm as datas de nascimento e de falecimento. Para a cultura Guatemalteca, a morte não é o fim, apenas uma transição! Assim eles pintam os túmulos de cores vivas e alegres.
O Cerro Pascual Abaj está localizado a 20 minutos de Chichicastenango e é considerado sagrado pelos quichés. No topo do morro, costumes ancestrais são praticados diante de um ídolo de pedra chamado Pascual Abaj. Neste lugar místico, considerado sagrado pelos habitantes, ainda é possível observar a cultura maia quando são realizadas cerimónias com oferendas que podem variar de velas a incensos.
A história conta que um jovem que ajudava na construção da igreja de Santo Tomás costumava ir ao morro para descansar todos os dias depois do trabalho, mas um dia desapareceu e ninguém mais ouviu falar dele. Em vez disso, encontraram apenas uma pedra esculpida com um rosto humano.
Pascual Abaj é um ídolo maia pré-colombiano que sobreviveu à conquista espanhola da Guatemala e que ainda é venerado pela comunidade local. Após a conquista espanhola, diz-se que a figura de pedra foi levada de um local na aldeia de Chichicastenango e recolocada na colina para que as oferendas pudessem ser feitas longe da vigilância da Igreja Católica e dos colonos espanhóis. A imagem foi gravemente danificada na década de 1950 por membros da Ação Católica .
Vista frontal do Pascual Abaj antes de ser vandalizada e em 2008.
A seguir...
1.ª hipótese: ir, no dia 17 - Domingo - de Chichicastenango para Xela (custa 30 USD e há autocarro às 15.00h aqui). No dia 20, às 8.00h ir para Panajachel (custa 24 USD) e no dia 11 ir para Lanquin demora 10,5h e custa 40 USD aqui ou 50 USD (aqui)
2.ª hipótese: No dia 17 ir e voltar a Chichicatenango, no dia 18 continuar a visitar o lago. No dia 19 ir para para Xela e no dia 22 ir de Xela para Lanquin (custa 80 USD) aqui.
3.ª hipótese: Estar no lago até ao dia 17 (domingo). No dia 18 (segunda) ir para Xela. Ficar lá até dia até quarta (dia 20). No dia 21 da viagem (quinta-feira) ir ao Mercado de Chichicastenango e daí ir até Laquin. Para esta hipótese era preciso ver se há transportes. Talvez haja transportes, porque não vejo...
4.ª hipótese: não ir a Xela.
Vou partir da 2.ª hipótese, ou seja, dia 19 vamos para Xela.
Dia 19 - ida de Panajachel para Xela
Formas de ir:
1) Autocarro público - demora 5-6h e custa no total à volta de 4-5 USD:
- De Panajache a Sololá (8 km) - demora cerca de 10 a 20 minutos. Saem entre as 5.00h e as 8.00h e custa Q10. Apanha-se o autocarro na paragem Rebuli (Calle Principal) - marquei no mapa.
- De Sololá a Los Encuentros (12 km) - demora cerca de 20 minuto. Saem às 06h30, 08h30, 10h30, 12h00, 13h30, e custa Q5. A empresa que faz o transporte é também a Rebuli. Ver se há transporte direto de Panajacel até Los Encuentros (fica-se num cruzamento).
- De Los Encuentros até Xela (58 km) - demora cerca de 2 horas e custa cerca de Q25. Os horários mais típicos é às 7.30h e 8.00h, mas há outros.
Para fazer assim, é preciso sair de Panajachel bem cedo.
2) Transportes turísticos - Empresa Altiplano’s Shuttles - fazem recolha nos hotéis. Saem às 07:00h, 09:30h ou 14:00h. Custa 20 USD/pessoa e demora 2,5 - 3h. Não têm escritório em Panajachel. Para reservar ver aqui. - Empresa Shuttlenation - fazem recolha no hotel. Saem às 1500h. Custa 30 USD/pessoa e demora 2 horas. Reservar aqui. - Outras empresas saem às 15h. Destas que estão aqui, a mais barata custa 24USD/pessoa
Resto do Dia 19 e Dia 20
Quetzaltenango é a segunda maior cidade da Guatemala e foi fundada em 1529 no local de uma antiga cidade. Todos conhecem a cidade pelo nome Xela, vem de Xelajú Noj, o nome original da cidade. Fica a cerca de2300 metros de altitude e é rodeada por diversos vulcões (por exemplo: Santa Maria; Cerro Quemado; Santiaguito ou Chicabal).
1)Parque Centro América - esta parque/praça ocupa o centro da cidade desde a época colonial espanhola, quando Xela foi organizada segundo o modelo de traçado urbano espanhol (com uma praça central rodeada por edifícios públicos e religiosos). O Parque era originalmente dividido em: jardim de la Juventud e Jardim de la Unión. Estes dois setores estavam separados por um corredor comercial conhecido como o Portal de las Banderillas, onde se vendiam lembranças e artesanato.
Ao longo do tempo, o local era conhecido como:
Plaza Mayor de Quetzaltenango
Depois como Plaza de Armas
E por fim como Parque Centro América, após a independência e o espírito unionista da América Central.
Em redor ao Parque Centro América é rodeado por edifícios emblemáticos:
2)Catedral del Espíritu Santo
Fachada barroca do século XVI, uma das mais antigas da Guatemala.
Construída pelos espanhóis em 1532.
Apesar de vários terremotos, sua fachada original foi preservada; o interior é mais moderno devido a reconstruções.
É símbolo da resistência e renovação da cidade.
3) Municipalidad de Quetzaltenango (Palácio Municipal), ao lado da catedral
Belíssimo edifício neoclássico do século XIX, onde está sediada a Câmara Municipal.
Com colunas imponentes e detalhes arquitetónicos que representam o poder civil da época pós-independência.
4) Pasaje Enríquez, ao lado da Câmara
Galeria comercial com forte influência neoclássica europeia.
Construído em 1900, foi ponto de encontro da elite intelectual e política no início do século XX.
Hoje abriga cafés, restaurantes e bares com charme histórico.
5)Banco de Occidente
Edifício elegante, também de arquitetura neoclássica.
Reflete o apogeu económico de Xela no início do século XX, quando era um centro comercial importante na Guatemala.
6) Teatro Municipal (a poucos quarteirões)
Não está exatamente no parque, mas muito próximo.
Construído em estilo neoclássico, é palco de concertos, peças e óperas desde o século XIX.
Reflete a riqueza cultural e intelectual de Xela no pós-independência.
7) Mercado La Democracia (não turístico)
Grande mercado tradicional, não turístico, onde se pode ver a autêntica vida local.
8) Templo Minerva
Réplica inspirada no Partenão grego, com estrutura de colunas dóricas de cerca de 25 metros, e revestido originalmente em pedra ou cimento. Fica próximo do Mercado El Terminal (zona 3).
Foi construído para celebrar as Minervalias, festividades em honra à deusa da sabedoria Minerva.
Serviu como cenário para premiações escolares, eventos culturais e desportivos, reforçando o ideal do progresso.
Início da construção em 1917, e foi parte de um plano mais amplo: 49 templos, sendo construídos nas principais cidades do país, sendo que o primeiro que foi construído (1901) desabou. Por conta da queda, os templos foram abandonados e muitos demolidos. O de Xela foi inaugurado parcialmente e só recebeu cobertura na década de 1970‑1974.
Nos arredores:
Capela de San Jacinto de Salcajá ou Ermita Conquistadora da Inmaculada Concepción
Construída em 1524 por Franciscanos, por ordens de Pedro de Alvarado, o conquistador espanhol. Diz-se que é a igreja mais antiga da Guatemala e da América Central. Embora não haja evidências históricas que apoiem essa afirmação, a capela pode ser considerada um belo exemplo da arquitetura colonial espanhola inicial.
Localiza-se na vila de Salcajá, a cerca de 10 km de Xela (Quetzaltenango).
Igreja de San Andrés de Xecul
A Igreja de San Andrés de Xecul é um legado do colonialismo na Guatemala e um exemplo impressionante de sincretismo no cristianismo latino-americano. Sincretismo religioso é o nome dado à fusão ou mistura de elementos de diferentes religiões para formar práticas, crenças ou tradições novas.
Diferentemente das catedrais monótonas e frias da Europa continental, a Igreja de San Andrés é uma proclamação de fé vibrante e visualmente deslumbrante. Com a fachada em amarelo vivo, além da beleza evidente, a igreja carrega um legado da influência colonial na Guatemala. Os desenhos na fachada são distintamente latino-americanos e, mais especificamente, maias. Além das cores vibrantes e dos desenhos típicos, muitas das figuras retratadas na igreja também seguram samambaias, folhas e outras plantas. Essa forte conexão com a natureza remonta à era pré-colombiana e à interação humana com a natureza. A cor amarela predominante representa o milho (sagrado para os maias), símbolo de fertilidade e vida. Existem vários elementos pintados: Anjos com trajes indígenas, Árvores e animais locais, Elementos cristãos, como imagens de santos e cruzes.
Em muitos aspetos, os padrões de influência maia diferenciam nitidamente a igreja dos monumentos cristãos clássicos. No entanto, as cores vibrantes também servem para destacar o impacto duradouro da influência europeia na Guatemala, forçando uma lição de história inevitável, mesmo para aqueles que não querem se lembrar do legado europeu na América Latina.
Para ir San Jacinto de Salcajá
Apanha-se um “busito” (micro-bus local) ou camioneta para Salcajá desde o Terminal Minerva ou junto ao Parque Central. O trajeto demora cerca de 20 minutos custa 3-5 GTQ.
Para ir à Igreja de San Andrés de Xecul
No Terminal de Minerva (também conhecido como “Terminal de Buses” de Xela) apanhar um bus San Cristóbal Totonicapán ou Totonicapán ou Huehuetenango ou a Cuatro Caminos. Dependendo do trajeto fica-se num cruzamento chamado Cruce Xecul ou Cuatro Caminos (um cruzamento também antes da terra). O 1º cruzamento fica mais perto da igreja, mas há menos transportes. Do cruzamento até à igreja ir de tuk tuk (5 a 10 GTQ). Do cruzamento Cuatro Caminos há camioneta para San Andrés Xecul.
Pode-se ir primeiro à igreja de San Jacinto de Salcajá e daí apanhar um autocarro que vai até San Andrés de Xecul.
Cada trajeto demora cerca de 20-30 minutos.
Dia 21 -Almolonga e Zunil
Almolonga fica no caminho entre Xela e Zunil. É uma pequena aldeia conhecida por produzir vegetais gigantes, sobretudo cenouras, repolhos, rabanetes, alfaces e cebolas. Vale a pena ir ao mercado e ver os campos. Há mercado todos os dias, mas à sexta feira é maior. Deve-se ir de manhã cedo (bom era sair de Xela às 6.30h).
Em Almolonga há banhos termais (aguas calientes), mas pelo que vi são todos muito precários.
Em Almolonga apanha-se o autocarro para Zunil (ver mais à frente).
Em Zunil visitar:
Igreja de Zunil - Foi construída no séc. XVII, durante o período colonial espanhol. A fachada é ornamentada em tons de amarelo albero (albero é uma rocha sedimentar de cor amarela) misturado com branco, enriquecida com detalhes barrocos e quatro pares de colunas salomónicas retorcidas, emolduradas por volutas (elementos decorativos em forma de espiral) e nichos com imagens de santos — inclusive São Francisco de Assis e Santa Catarina, padroeira da vila. No interior, destaca-se um retábulo de prata elaborado, acompanhado por figuras vestidas com bordados prateados, e decoradas ornamentos tradicionais.
Cemitério - Fica a cerca de 500 m da igreja (a pé). Os túmulos são pintados com cores vivas (verde, azul, rosa…) que refletem a celebração da vida na cultura maia. Visitas ao cemitério, especialmente no Dia de Todos os Santos, oferecem uma perspetiva profunda sobre tradições locais
Há mercado, a possibilidade de subir ao mirador del Calvário
Fuentes Georginas - ficam a 8 km da vila. As Fuentes Georginas são águas termais sulfurosas situadas nas encostas do vulcão Zunil, a cerca de 2500 metros de altitude. A água quente (38 ºC a 45 ºC, dependendo da piscina) emerge naturalmente da montanha e é canalizada para várias piscinas de pedra, rodeadas por floresta. Estas fontes foram "descobertas" oficialmente em 1902, após uma grande erupção vulcânica na região. O nome "Georginas" é uma homenagem a Georgina Sutter, esposa do então presidente guatemalteco Jorge Ubico, nos anos 30.
O horário é das 8.00h às 17.00h e para estrangeiros a entrada custa Q60.
Para ir a Almolonga e Zunil
Apanhar o autocarro no terminal de Minerva (zona 3, 7ª Calle) em direção a Zunil e parar em Almolonga (demora 15 - 20 minutos e custa Q3 a Q5). Há autocarro às 7.45h (ou até ates).
De Almolonga até Zunil são 5 a 10 minutos e custa Q3 a Q5.
De Zunil até às Fuentes Georginas apanhar um tuk tuk. Demora cerca de 25 minutos e custa à volta de Q50 - Q60.
Atenção: o último autocarro de Zunil para Xela é às 16.00h.
Dia 22 - viagem para Lanquin
É possível ir de transporte público, mas parece-me arriscado porque tem várias mudanças.
Há empresas que fazem a viagem:
- Adrenalina Tours
Vão buscar ao hotel ou sai do Banco industrial de Xela (Parque Central). Parte às 7.00h e demora 12 horas até Lanquin (pára no Centro de Saúde de Lanquin ou estação de bus ao lado do hotel El Recreo). Custa 75 USD/pessoa. Aqui. noutros sítios diz 85,50 USD e demora 8 horas. Sai do Hotel List (16.ª Calle) e a paragem é a estação de serviço Puma (aqui).
Os serviços devem ser reservados com 72 horas de antecedência.
- Monte Verde Tours
Vão buscar ao hotel ou sai dos escritórios (ver mapa). Parte às 7.00h e diz que são 60 USD e 10 horas, mas parece-me que é até Coban. Até Lanquin devem ser 12 horas e 80 USD. Paga-se por Paypal, mas dá para ir ao escritório e comprar lá. Ver aqui.
Dia 23 - Parque Nacional Grutas de Lanquín e Semuc Champey
De 22 a 28 de agosto, a cidade celebra a sua principal festa em honra de Santo Agostinho. As celebrações incluem a plantação, a preparação da terra, as colheitas e os festivais religiosos.
O Parque Nacional Grutas de Lanquíné uma área protegida que consiste em um sistema de grandes cavernas de calcário localizadas a 1 km a oeste de Lanquín. O sistema de cavernas de Lanquín foi declarado parque nacional em 1955, cobrindo uma área de cerca de 11 hectares e tendo uma extensão de cerca de 12 km, embora só uma parte esteja aberta ao público. Perto da entrada, pode-se ver o rio Lanquín que corre por cerca de 12 km até chegar ao rio Cahabón.
As grutas são consideradas sagradas para os povos maias Q’eqchi’, que realizam ali cerimónias religiosas e espirituais. Ainda hoje, podem ser vistos altares com velas e oferendas no interior das cavernas.
Pode-se ir a pé de Lanquin até às grutas. Os tuk tuk custam Q10-15. O tempo de visita é de cerca de 1 hora. A entrada custa Q30 e estão abertas das 08h às 17h (aconselha-se visitar de manhã ou fim de tarde). Existem guias à entrada, mas não é obrigatório.
Semuc Champey significa em q'eqchi "onde o rio se esconde sob as pedras" e fica a cerca de 12 km de Lanquin. Este local corresponde a uma ponte natural de calcário com cerca de 300 metros de comprimento por baixo da qual corre o rio Cahabón.
O rio subterrâneo (Río Cahabón) corre sob uma formação de pedra calcária, enquanto piscinas naturais de cor azul-esverdeada e com uma profundidade de 1 a 3 metros se formam na parte superior dessa rocha. No final, o rio Cahabón volta a aparecer numa ressurgência em forma de queda de água, entrando numa caverna de calcário, uma área perigosa para se aproximar dentro do rio devido à força da água. Apenas é permitido observar este fenómeno geográfico natural à distância.
Devido à floresta subtropical que circunda o local, este ostenta uma enorme riqueza ecológica, incluindo mais de 100 espécies de aves; 34 mamíferos; 25 répteis e anfíbios; e 10 espécies de peixes, além de mais de 120 espécies diferentes de árvores. Possui uma plataforma de observação de 700 metros de altura para observar as piscinas naturais.
Semuc Champey foi declarado Monumento Natural em 1999.
Para chegar a Semuc Champey contrata-se uma pickup que demora de 35 a 45 minutos a fazer o caminho. O transporte varia entre Q35 - Q45 (ida e volta). A entrada custa Q50 para estrangeiros e está aberto das 8.00h às 16.30h, sendo a última entrada às 16.00h.
A primeira coisa a fazer é subir ao miradouro. Demora cerca de 45 minutos para cada lado. Depois usar o resto do tempo para ver as piscinas. É possível tomar banho em algumas. No total, contar com 4 horas para ir a Semuc Champey.
Talvez seja melhor ir primeiro a Semuc porque é mais demorado e depois fazer o resto no tempo que sobrar.
Em Lanquin há ainda miradouros. Um deles é Mirador Turistico La Viña. É um sítio privado e é preciso passar pelo Viñas Hotel. Aí vendem o bilhete (Q40) e levam até ao início do trilho, onde há um portão que é preciso abrir. Não é necessário guia, mas o caminho não é muito fácil (é sempre a subir) e é preciso pelo menos 2 horas para subir e descer.
Dia 24 - Ir para Rio Dulce ou ir para Flores (40 USD)
1) Ir por agência de transportes:
- Marvelus - sai às 8.00h da estação de serviço Exon e demora 6 horas. A paragem é o café Colifato. Só há viagem se houver 3 passageiros. Custa 45 USD. Aqui.
- Adrenalina Tours - Saída às 8.00h junto ao centro de saúde e desembarque no local dos mochileiros (Backpacker’s Place) sob a ponte. Demora 6 horas e custa 50 USD. É preciso marcar com 48 horas de antecedência (aqui).
- outras empresas - saída às 8.00h ou às 9.00h. O preço varia entre 39 USD e 48USD. Ver aqui.
2) Ir de transportes públicos:
- de Lanquin até Cahabón (1,5 horas; 2USD)
- de Cahabón a El Estor (2,5 horas; 5USD)
- de El Estor a Río Dulce (2 horas; 3USD)
Ir de transporte público fica muito mais barato, mas demora mais tempo e tem várias paragens.
Visitar o Castelo de San Felipe de Lara
O castelo de San Felipe de Lara é uma fortaleza de origem novohispana (reino da Espanha durante o período colonial, na América do Norte e Central) que se encontra na embocadura do Lago de Izabal com o rio Dulce.
Este castelo exercia três funções principais: a de forte militar, a de prisão e a de centro aduaneiro. Além destas funções, o castelo conta com múltiplas adegas que serviam como centro de intercâmbio comercial entre Guatemala e Espanha. O principal elemento da construção é a Torre de Bustamante (torre defensiva). Contém dezanove canhões, sendo dezassete de ferro e dois de bronze.
Durante a época da colonização, as embarcações responsáveis pelo comércio entre a América e a Espanha, assim como pelo abastecimento das populações novohispanas, eram alvo de piratas que atacavam os navios espanhóis que saíam de Rio Dulce, a principal rota de saída da Guatemala. Para resolver esta questão, o rei Felipe II da Espanha ordenou a construção de uma fortaleza que estaria protegida por doze soldados e doze peças de artilharia. No entanto, piratas da Inglaterra, da Holanda e de Portugal entraram no Rio Dulce e destruíram a torre em 1604, que foi reconstruída pelo capitão Pedro de Bustamante e nomeada em sua homenagem. O atual castelo foi construído em 1651.
No século XVIII, outros portos centroamericanos se tornaram mais importantes e isso, somado a queda das exportações do anil, fez com que o Golfo Dulce perdesse importância económica e o castelo fosse abandonado em 1817. A exportação de anil da Guatemala foi uma atividade econômica importante nos séculos XVII e XVIII, sendo o principal produto de exportação do país. O anil, um corante azul natural extraído da planta Jiquilite (Indigofera suffruticosa), era muito procurado, especialmente na Europa.
Em 1955, quando as ruínas eram já eram uma atração turística, o castelo foi reconstruído.
O castelo está aberto todos os dias, das 8.00h às 17.00h. O bilhete custa Q30 para estrangeiros.
Nota: Morales fica 37 km antes do cruzamento que vai para o Parque Arqueológico; Los Amates fica 4,5 km depois do cruzamento que vai para o Parque. Se conseguirmos autocarro para Los Amates, ficamos no cruzamento antes de lá chegar. Ver mais à frente.
Para termos autocarro de volta, devemos partir cedo, tipo 7.00h. Contar com perto de 2 horas para chegar às ruínas.
1) Río Dulce → Morales (ou Los Amates)
Apanhar o microbus ou van coletiva local saindo da zona junto à ponte/rio (saem a cada 10-30 minutos-são frequentes). A viagem demora cerca de 45-60 minutos e custa à volta de Q20. Dizer logo aí que vamos para Quiriguá.
2) Morales → Los Amates
Em Morales, trocar para outro coletivo ou minivan com destino à zona de Los Amates, que passa pela estrada CA‑9 próxima da entrada das ruínas. Pedir ao motorista para parar no cruzamento que vai para as ruínas, Esta viagem dura 30-40 minutos e custa cerca de Q20.
3) Caminhada final ou tuk‑tuk até o sítio arqueológico
Para chegar até a entrada do Parque Arqueológico há duas possibilidades: ou ir a pé (3,4 km - 30 a 40 minutos) ou ir de tuk tuk (Q5-10).
Van partilhada:
Taxi compartilhado ou minivan direto desde Río Dulce até a entrada de Quiriguá: dura cerca de 1h05 (~64 km) e custa entre US$ 20 e US$ 27 (informação da net). A empresa Litegua faz carreira até Los Amates, custa 10 USD (pára em Morales e demora até lá 30 min.), sai às 9.30h e demora 1 hora e 20 min (aqui). De volta, na net diz que não tem. Ver porque a mesma empresa faz essa rota à tarde ao contrário e pára em Morales.
A entrada ao parque arqueológico abre às 8h00 e fecha às 16h30, com saída permitida até cerca de 17h. A entrada custa Q80 para estrangeiros e demora-se cerca de 1,5 - 2 horas para ver.
Quriguá
Habitada desde o século II d.C., Quiriguá tornou-se, durante o reinado de Cauac Sky (723-784), a capital de um estado autónomo e próspero. Até 738 d. C., quando o rei derrotou e capturou o rei de Cópan, Quiriguá foi uma cidade vassala de Copán (na atual Honduras). Por razões desconhecidas, entrou então em declínio. Sabe-se que, na época da chegada dos conquistadores europeus, o controle da rota do jade havia sido assumido por Nito, uma cidade mais próxima da costa caribenha. Embora Quirigua tenha preservado ruínas e vestígios de habitações que datam de 200 a 900 d.C., a maioria dos monumentos que lhe garante renome mundial data do século VIII, período durante o qual a cidade foi inteiramente remodelada de acordo com a sua função como residência real e centro administrativo.
As ruínas de Quiriguá contêm alguns monumentos notáveis do século VIII e uma impressionante série de estelas (únicas pela altura, conservação e refinamento artístico) e calendários esculpidos que constituem uma fonte essencial para o estudo da civilização maia, sendo desde 1981 Património Mundial da UNESCO.
Quiriguá abriga as maiores estelas conhecidas do mundo maia, feitas de arenito vermelho local, sem uso de ferramentas de metal. A mais famosa, Estela E, mede 10,6 metros de altura e pesa cerca de 65 toneladas! Normalmente as estelas maias não têm mais de 3 metros.
Estas estelas são verdadeiras obras de arte, com inscrições hieroglíficas que descrevem datas importantes do calendário, eventos celestes como eclipses, passagens da mitologia maia e eventos políticos, bem como eventos sociais e históricos importantes para o desenvolvimento da cidade. Durante o breve período de construção de estelas, Quirigua foi uma das poucas cidades (com Cópan e Tikal) a erigir regularmente monumentos marcando o fim de períodos quinquenais (período de 5 anos) e a cada katum (período de tempo maia correspondente aproximadamente a 20 anos), inscrevendo desta forma os principais eventos do período.
É possível observar grandes blocos esculpidos em forma de animais míticos, como jaguares, tartarugas e crocodilos que representam rituais de sacrifício ou o mundo subterrâneo da cosmologia maia.
No centro de Quiriqua está a Praça Cerimonial rodeada pelas estelas e altares, onde ocorriam eventos públicos e rituais. É o maior espaço público conhecido em toda a região maia. Os complexos monumentais que se estendem ao redor da Grande Praça, da Praça Cerimonial e da Praça do Templo são notáveis pela complexidade de sua estrutura – um sistema altamente elaborado de pirâmides, terraços e escadarias que resulta numa remodelação completa do relevo natural. Menos imponentes do que em Copán ou Tikal, a acropolis e os complexos residenciais mostram a arquitetura cívica e residencial da elite local.
Ir e voltar a Livingston
Tour
Existem agências que fazem tours (exemplo aqui). Custa 65 USD.
Partida às 9h30 do porto municipal sob a ponte. Chegada por volta das 11h.
Em Livingston, um guia explicará a cultura Garífuna (grupo étnico descendente de africanos e povos indígenas de várias regiões do Caribe. É Património da UNESCO) e visita-se o centro cultural Rasta Mesa (dedicado à preservação e promoção da herança Garifuna), com música, dança e comida. (comida não incluída). O barco de retorno sai às 14h do cais principal em Livingston, com chegada por volta das 15h30 a Rio Dulce.
Pelo caminho:
vê-se o Castelo de San Felipe
testemunha-se a nidificação de corvos-marinhos e pelicanos
navega-se por um jardim de nenúfares
pára-se na fonte termal nas margens do El Golfete
passa-se por um desfiladeiro a caminho de Livingston
Por conta própria:
As lanchas públicas saem diariamente do Muelle Municipal de Río Dulce, geralmente junto ao cais principal ou próximo ao Café Colifato.
Horários regulares: saídas por volta das 09h00 e 11h00, com possibilidade de viagens adicionais se o barco lotar.
Preço do bilhete (para cada lado): aproximadamente Q115–125 por pessoa (~US$ 15–16).
Duração da viagem: entre 1h a 1h30.
De volta há barco às 14.30h.
Viagem para Flores
A maioria das carrinhas sai às 11.00h da manhã do Café Colifato. Há também um autocarro diário (Maya de Oro) que pára junto à ponte às 15.30h. A viagem pode demorar de 4 horas a 7 horas e custa de 19 USD a 36 USD.
Ida a Yaxha
Para Yaxha, há tours a sair de Flores às 12.00h e volta às 20.00h. Custa 35 USD e sai do sítio onde tem "Eu amo Peten" (aqui) e outros mais baratos (aqui).
Yaxha
O parque está aberto todos os dias das 8.00h às 17.00h, sendo necessário sair do parque poucos minutos depois do pôr do Sol. O bilhete custa Q80 para estrangeiros.
O nome Yaxha deriva do maia "yaxa'" que significa "água azul-esverdeada", em referência à sua localização à beira do Lago Yaxha. Hoje, são dois lagos, o Lago Yaxha e o Lago Sacnab. O explorador austríaco Maler (re)descobriu Yaxha em 1904. Antes disso, o complexo era conhecido apenas por povos indígenas. O sítio foi mapeado na década de 1930 e novamente na década de 1970, altura a partir da qual ocorreram grande parte das escavações. As ruínas incluem os restos de mais de 500 estruturas (incluindo templos, palácios e áreas residenciais), com vários grupos arqueológicos importantes ligados por caminhos. Aproximadamente 40 estelas maias foram descobertas no sítio, cerca de metade das quais apresentam esculturas.
Como um centro cerimonial da civilização maia pré-colombiana, Yaxha foi a terceira maior cidade da região, depois de Nakum-Naranjo, e o quarto da Guatemala (inclui também Tikal), e experimentou seu poder máximo durante o período clássico inicial (c. 250–600 d.C.). Estima-se que o reino Yaxha cobriu uma área de 237 quilómetros quadrados e teve um pico populacional de 42 000 pessoas.
Yaxha teve uma longa história de ocupação com o primeiro assentamento sendo fundado por volta de 600 a.C. Ela foi a maior cidade na região oriental dos lagos de Petén durante o Pré-clássico Tardio (c. 350 a.C. – 250 d.C.) e expandiu-se durante o Clássico Inferior (c. 250–600 d.C.). Nessa época, em comum com outros sítios em Petén, teve forte influência da distante metrópole de Teotihuacan (México). Foi eclipsada durante o Clássico Tardio (c. 600–900 d.C.) pela vizinha Naranjo , mas nunca foi completamente dominada. A cidade sobreviveu bem até o Clássico Terminal (c. 800–900), mas foi abandonada pelo período Pós-clássico (c. 900–1525).
Um dos destaques de um passeio de Yaxha é o templo número 216. Com 30 metros de altura, este é o templo mais alto do complexo e oferece uma vista panorâmica de 360 graus de toda a área. O templo também é chamado de templo das mãos vermelhas, devido às marcas de mãos vermelhas encontradas ali. Este é o lugar ótimo para ver o pôr do sol.
Ida a Tikal
Para Tikal há tour a 80 USD com entrada, mas sem almoço. Sai às 3 da manhã de Flores e volta às 12.30h (aqui). Há outros tours a Tikal sem entradas de 7 e de 8 horas a 21 - 26 € (aqui).
Tikal está aberto todos os dias das 6.00h às 18.00h. O bilhete custa Q150 para estrangeiros.
Tikal
Tikal foi declarado monumento nacional em 1931 e Parque Nacional em 1955, sendo uma das primeiras áreas protegidas da Guatemala. Em 1979, a UNESCO declarou o Parque Arqueológico como Património Mundial e mais recentemente, em 1990, a vasta Reserva da Biosfera da Floresta Maia foi reconhecida pela UNESCO.
Estima-se que apenas 30% dos templos estejam a descoberto. Em 2021, por exemplo, foi descoberto que o que por muito tempo se supôs ser uma área de colinas naturais, a uma curta distância do centro de Tikal, era na verdade um bairro de edifícios em ruínas que foram projetados para se parecerem com os de Teotihuacan (México).
Tikal constitui o epicentro da civilização maia, guardando ainda uma das cidades maias mais bem preservada, com mais de 3000 estruturas cercadas de densas florestas. A cidade maia foi habitada do século VI a.C. ao século X d.C. O centro cerimonial abriga templos e palácios magníficos, além de praças públicas acedidas por rampas. Vestígios de moradias estão espalhados pela paisagem circundante.
Tikal foi um importante centro político, económico e militar pré-colombiana e inclui uma zona urbana interna de cerca de 400 hectares com diversos tipos de monumentos: palácios, templos, plataformas cerimoniais, residências de pequeno e médio porte, campos de jogos de bola, terraços, ruas, praças grandes e pequenas. Muitos dos monumentos existentes preservam superfícies decoradas, incluindo esculturas em pedra e pinturas murais com inscrições hieroglíficas, que ilustram a história dinástica da cidade e as suas relações com centros urbanos tão distantes quanto Teotihuacan e Calakmul no México, Copán nas Honduras ou Caracol no Belize. Este milhares de vestígios arquitetónicos e artísticos da civilização maia vão desde o Período Pré-clássico (600 a.C.) até o declínio e eventual colapso do centro urbano por volta de 900 d.C.
A diversidade e a qualidade dos conjuntos arquitetónicos e escultóricos que desempenham funções cerimoniais, administrativas e residenciais são exemplificadas em diversos lugares excecionais, como a Grande Praça, o Complexo do Mundo Perdido e o Complexo das Pirâmides Gémeas.
Uma zona mais ampla de fundamental importância arqueológica, com cerca de 1200 hectares, abrange áreas residenciais e reservatórios de água históricos, hoje conhecidos como "aguadas". A extensa zona periférica apresenta mais de 25 sítios secundários associados, historicamente servindo a propósitos de proteção e como pontos de controle para rotas comerciais. As áreas periféricas também desempenharam um papel importante na produção agrícola do centro densamente povoado.
O que se vê:
1) A Grande Praça Central de Tikal
Na Grande Praça encontramos dezenas de edifícios, estelas, altares, pirâmides, túmulos e templos. É a área mais popular e importante de Tikal. A Grande Praça é delimitada pelo templo I e o templo II (ambos templos funerários) e pela Acrópole Norte e a Acrópole Central.
Templo I (à direita), Templo II (à esquerda), Acrópole Norte (na parte superior da imagem) e Acrópole Central (na parte inferior da imagem)
Templo I
O Templo I é também conhecido por Templo do Grande Jaguar e foi construído por volta de 695 d. C. O templo tem 47 metros de altura e foi escavado entre 1955 e 1964. Este templo foi o local de sepultamento do rei maia Jasaw Chan K'awiil I ou Ah Cacao (Senhor Cacau), um dos governantes mais importantes de Tikal. Após sua morte, ele foi enterrado junto com todos os tipos de objetos e joias. Não é possível subir este templo.
Templo II
Conhecido como Templo das Máscaras ou Templo da Lua, fica no lado oposto ao templo I e foi construído pelo governante Jasaw Chan K'awiil I, em 700 d.C., em homenagem à sua esposa (o túmulo dela não foi encontrado). A pirâmide tem 38 metros de altura e é acessível. É daqui que se tiram as melhores fotografias.
Acrópole Norte
No lado norte da Grande Praça, encontramos este recinto elevado, construído sobre uma grande plataforma de pedra com cerca de 100 metros de comprimento. Aqui, encontram-se dezenas de edifícios, templos, pirâmides, estelas etc. Durante 500 anos, a sua principal função foi ser necrópole real, razão pela qual inúmeras câmaras funerárias foram descobertas. Daqui, também se tem uma vista panorâmica muito boa da Grande Praça, sendo possível observar daqui a enorme máscara de pedra do Deus Nariz Longo, que está coberta para preservação no Templo 33.
Acrópole Central
Foi estabelecida pela primeira vez no período pré-clássico tardio (cerca de 350 a.C. - 250 d.C.) e permaneceu em uso até aproximadamente 950 d.C.
A Acrópole Central foi usada como residência das famílias reais e, no período Clássico Inicial (c. 250 – 550 d.C.), era o local de um importante complexo palaciano residencial. Os habitantes de Tikal nivelaram o leito rochoso natural subjacente à Acrópole Central a 253 metros acima do nível médio do mar, alguns metros acima do nível da Grande Praça. O leito rochoso desce abruptamente para o leste e sul da acrópole.
2) Mundo Perdido
Representa o maior complexo cerimonial de Tikal. Possui 38 estruturas, sendo o edifício mais antigo de antes de 700 a.C. Ao longo da sua história, o complexo passou por diversas expansões e reformas. Além de ser um espaço cerimonial, era um centro astronómico e a posição das pirâmides era usada para calcular o nascer do sol durante os equinócios e solstícios. Também foi usada como necrópole para a família real que governou Tikal em determinados períodos. Até o momento, seis túmulos foram descobertos na área.
Pirâmide do Mundo perdido
A pirâmide do Mundo Perdido, com 31 metros de altura, é o elemento mais notável do complexo e foi construída em 250 d.C. No meio da escada, há máscaras gigantes de pedra e estuque esculpido.
É possível subir a pirâmide por escadas de madeira. Vale a pena ver todo o complexo de cima e observar quanto dele ainda está escondido pela selva.
Templo Talud-Tablero
Talud-tablero é o nome de um estilo arquitetónico mesoamericano , frequentemente usado na construção de pirâmides. É encontrado em muitas cidades e culturas, principalmente associado à cultura de Teotihuacan, no México central, onde surgiu pela primeira vez, e é o estilo dominante. Consiste na colocação sucessiva de uma plataforma, ou mesa, retangular, horizontal e delimitado por uma moldura saliente (tablero) no topo de uma parede de pedra inclinada (talud).
Este templo, que se destaca não apenas por seu tamanho e projeto arquitetónico, mas também pela sua importância histórica e cultural, especialmente no que diz respeito às práticas funerárias da época. A pirâmide tem 22 metros de altura, mas na verdade era mais alta, pois havia três câmaras no topo. Os túmulos de dois homens e uma mulher foram encontrados, juntamente com diversas oferendas, como cerâmica e objetos de madrepérola. Acredita-se que eles possam ter sido membros da família real.
Entre a Grande Praça Central e O Mundo Perdido fica o Templo III.
Templo III
Também conhecido como Templo do Sacerdote Jaguar, o Templo III foi uma importante pirâmide de Tikal. Foi construído por volta de 810 d.C. e tem 55 metros de altura. Muito provavelmente, este templo é a casa funerária do Rei Sol Escuro.
3) As Pirâmides Gémeas de Tikal
O Complexo das Pirâmides Gémeas (zona Q) foi construído para comemorar o fim do décimo sétimo período K'atun (ciclo de tempo equivalente a 20 anos no calendário maia). Vê-se uma pirâmide oposta à outra, embora uma delas esteja completamente coberta pelo manto da natureza.
4) Templo IV ou Templo da Serpente de Duas Cabeças
Localizada a oeste da Grande Praça, tem 70 metros de altura e é a torre mais alta de Tikal. Pode-se subir, sendo a paisagem incrível. O principal propósito deste templo era cerimonial, mas também era usada para observação de estrelas.
Este é o local onde uma das cenas da saga Star Wars foi filmada.
5) Templo V
Este é um templo enorme, coberto de musgo, e o segundo edifício mais alto de Tikal, depois do Templo IV, com 57 metros de altura. Os arqueólogos não têm certeza da finalidade do Templo V, mas acredita-se que tenha sido um templo mortuário (ou seja, um túmulo) para um dos antigos governantes de Tikal.
6) Templo VI
Conhecido como Templo das Inscrições, este templo tem um cume com 12 metros de altura. Foi descoberto apenas em 1951.
Há muitos outros templos no Parque Nacional de Tikal e estima-se que apenas 30% deles foram escavados.
O Parque Nacional Tikal está localizado numa grande região florestal frequentemente chamada de Floresta Maia, que se estende até aos vizinhos México e Belize. Inserido na Reserva da Biosfera Maia, muito maior, com mais de dois milhões de hectares e contíguo a outras áreas de conservação, o Parque Nacional Tikal compreende 57 600 hectares de pântanos, savanas, florestas tropicais de folhas largas e palmeiras. Os diversos ecossistemas e habitats abrigam um amplo espectro de fauna e flora neotropicais. Mais de 2000 plantas superiores, incluindo 200 espécies de árvores, foram inventariadas. Palmeiras, epífitas, orquídeas e bromélias abundam nos vários tipos de floresta. Os mais de 100 mamíferos incluem mais de 60 espécies de morcegos, cinco espécies de felinos: onça-pintada, puma, jaguatirica, gato-maracajá e jaguarundi, bem como o macaco bugio-de-manto e muitas espécies ameaçadas de extinção, como o macaco-aranha-de-yucatán e a anta-de-baird. As mais de 330 espécies de aves registradas incluem o peru-ocelado, a águia-de-crista e a águia-gavião-ornamentada, quase ameaçados de extinção, bem como o vulnerável mutum-grande. Dos mais de 100 répteis, destacam-se a tartaruga-de-rio-da-América-Central, o crocodilo-de-morelet e 38 espécies de cobras. Além das 25 espécies de anfíbios conhecidas, há uma notável fauna de peixes e uma grande diversidade de invertebrados. A propriedade também é conhecida por variedades selvagens de diversas plantas agrícolas importantes.
2.ª Hipótese
Dia 25 - Ida para Livingston (e Playa Blanca)
Dia 26 - Viagem para a cidade do Belize
Dia 27 - Voo para o grande buraco e visita à cidade do Belize (ou ida para Flores)
Dia 28 - Viagem para as Flores
Dia 29 - Ida a Tikal e Yaxha
Ir para Livingston
Horários regulares: saídas por volta das 09h00 e 11h00, com possibilidade de viagens adicionais se o barco lotar.
Não é fácil ir à Playa Blanca porque é privada e, embora haja barco, o horário é de manhã. No entanto, neste dia temos de ir à à embaixada para fazer o carimbo de saída (marquei no mapa onde é) e podemos ver:
- Museu Municipal, pequeno museu sobre a história das comunidades garífuna, Q5 entrada.
- Cascatas e piscinas Los Siete Altares que se pode ir no mesmo barco que leva à Playa Blaca. A entrada custa Q20 (ou Q120 com o barco), mas que também se pode ir a pé: caminhar pela praia até ao ponte de Quehueche (~45 minutos) (marcada no mapa), depois atravessar para dentro da selva e seguir o trilho até a entrada oficial de Siete Altares (~10–15 minutos) (marquei no mapa).Depois, uma caminhada ~20 min até às piscinas (no total são 5 km e demora cerca de 1 hora e meia).
Os Siete Altares (Os Sete Altares) podem ser visitados o ano todo, mas são especialmente divertidos durante a estação chuvosa, quando as cascatas têm mais água. Vale a pena caminhar além da primeira cascata. A sétima (e última) queda de água é particularmente bonita.
Viagem para a cidade do Belize
Há barcos que fazem a viagem de Livingston para Punta Gorda, no Belize. Na internet há esta agência (aqui) que faz a travessia. Sai de segunda a sexta às 11.00h, demora 1 hora e meia a fazer o trajeto e custa 60 USD. Diz que se deve reservar com 48h de antecedência.
Em Punta Gorda há autocarros para a cidade do Belize (aqui ou ver os horários em baixo).
Voo ao grande Buraco Azul (Great Blue Hole)
Existem 2 empresas a fazer este passeio:
Tropic Air (aqui) - voa do Aeroporto Municipal, às terças e quintas. O voo sai às 13.00h, demora 1 hora e custa 260 USD.
Maya Air (aqui) - voa do Aeroporto Municipal, ao domingo, segunda, quarta e sexta. O voo sai às 8.30h, demora 1hora e meia e custa 255 USD, embora em alguns dias custe 295 USD.
Ambas empresas usam aviões para 11 passageiros, e todos passageiros se sentam à janela.
Também há uma empresa de helicópteros - Astrum Helicopters (aqui) que faz voos panorâmicos. O passeio custa a partir de 500 USD por pessoa.
Um buraco azul é uma grande caverna marinha ou sumidouro , que é aberto à superfície e se desenvolveu num banco ou ilha de coral.
O Great Blue Hole é um grande sumidouro marinho que fica perto do centro de Lighthouse Reef, um pequeno atol (ilha em forma de anel, com uma borda de coral que circunda uma lagoa ) a 70 km da cidade de Belize. O buraco tem formato circular, com 318 m de diâmetro e 124 m de profundidade. As investigações confirmaram a origem do buraco como formações típicas de calcário cárstico.
Este buraco azul foi formado em pelo menos quatro fases, durante a glaciação quaternária, quando os níveis do mar eram muito mais baixos, há 153 000, 66 000, 60 000 e 15 000 anos. As 4 etapas de formação deixaram saliências em profundidades de 21 m, 49 m e 91 m. Estalactites foram recuperadas de cavernas submersas, confirmando sua formação anterior acima do nível do mar. Quando o oceano começou a subir novamente, a caverna foi inundada. Contudo, a inundação do buraco não se deveu apenas à subida do mar. Houve também inclinação do fundo devido a movimentos tectónicos. O Great Blue Hole faz parte do maior Sistema de Reserva da Barreira de Corais de Belize, Património Mundial da UNESCO.
O local ficou famoso por Jacques Cousteau, que o declarou um dos cinco melhores locais de mergulho do mundo.
Em dezembro de 2018, dois submarinos desceram ao Buraco Azul na tentativa de mapear seu interior. Usando a varredura de sonar , a equipe quase conseguiu completar um mapa 3D do buraco de 300 m de largura. Uma de suas descobertas foi uma camada de sulfeto de hidrogénio a uma profundidade de aproximadamente 91 m. A água nessa profundidade e abaixo torna-se escura, anóxica (sem oxigénio) e desprovida de vida. A expedição submarina também descobriu os corpos de dois mergulhadores no fundo, dos três que se acredita terem desaparecido enquanto mergulhavam lá.
Visitar a cidade do Belize
A Cidade de Belize (Belize City), apesar de não ser a capital política (essa é Belmopan), continua a ser o centro cultural, histórico e económico do país.
A história da Cidade de Belize está profundamente ligada ao passado colonial britânico, aos povos indígenas e à sua geografia particular.
A cidade começou como um acampamento de madeireiros britânicos, no século XVII. A madeira, especialmente o pau-de-tinta e o mogno, era a principal riqueza da região. Foi construída em torno da foz do Rio Belize, com acesso direto ao mar do Caribe — ideal para o comércio. a cidade serviu como principal entreposto comercial da colónia chamada Honduras Britânica (nome colonial de Belize).
Em 1961, o furacão Hattie devastou a cidade com ventos de 275 km/h e uma maré ciclónica de 4 metros. Mais de 70% dos edifícios foram destruídos e milhares de pessoas ficaram desalojadas. O impacto expôs a vulnerabilidade de Belize City, construída abaixo do nível do mar e sem defesas naturais fortes. Em resposta, o governo colonial decidiu construir uma nova capital mais segura e interior. Assim nasceu Belmopan, fundada em 1970, localizada a cerca de 80 km para o interior, longe da costa e protegida de furacões.
O nome Belmopan combina “Belize” e “Mopan”, um rio da região. Belmopan é hoje a sede do governo, mas Belize City continua a ser o maior centro urbano e económico do país.
A cidade não tem grande coisa para ver, mas pode-se visitar:
1) Museum of Belize
Instalado numa antiga prisão colonial (1857).
Excelente introdução à história maia, colonial e moderna de Belize.
Exposições sobre arqueologia, artefactos maias, escravidão, cultura Garífuna e timbres raros.
2) St. John's Cathedral
A catedral anglicana mais antiga da América Central (construída entre 1812–1820).
Feita com tijolos vindos como lastro de navios britânicos.
História ligada à coroação simbólica de líderes maias.
3) Swing Bridge
Ponte metálica manual de 1923 — uma das últimas do mundo do tipo ainda em funcionamento.
Liga o lado norte e sul da cidade.
4) Old Government House (House of Culture)
Antiga residência dos governadores britânicos.
Arquitetura colonial, belos jardins e exposições sobre o período colonial e a independência.
5) Baron Bliss Lighthouse
Memorial ao excêntrico barão inglês que deixou uma grande fortuna a Belize.
Vista panorâmica da costa.
6) Mercados locais
Michael Finnegan Market: frutas, comida típica e vida local.
Downtown Belize City: lojas, comida de rua e artesanato.
Neste dia também podemos ir a Belmopan de autocarro. A viagem demora 1 hora e 45 minutos e custa 5 a 7,5 USD, dependendo do tipo de autocarro (assinalei no mapa de onde sai). Aqui.
Este autocarro vai até San Ignacio.
Viagem do Belize para Flores
Para sair do Belize paga-se, na fronteira, 20 USD.
Se no dia anterior formos até San Ignácio, podemos ir de autocarro até Benque Viejo, passar a fronteira e depois, em Melchor de Mencos ou Estación Fuente del Norte, apanhar o chicken bus para Flores (demora 2,5 a 3 horas e custa Q40).
Também há autocarros de San Ignacio para Flores. Há autocarros às 13.00h (ponto de encontro: Hotel Hode’s Place). Demora até às Flores cerca de 5 horas e o preço vai de 19 USD a 25 USD dependendo da operadora (Transportes Turísticos Alvarado, Mayan World Minivan, Marlin Espadas, etc.). Há um autocarro que sai às 15.00h (aqui).
Esta viagem pode ser feita diretamente da cidade do Belize para Flores:
Transporte Fuente del Norte: sai às 12.00h do Terminal Marítimo do Belize (111 North Front Street). Custa Q158 e demora 5 horas e 30 min (Pode-se comprar aqui). Outra sai também às 12.00h e custa 22 USD. Esta hipótese sai às 11.00h (aqui).
Aqui também há várias hipóteses para a viagem da cidade do Belize para Flores. Saem de Marlin Espadas, que fica também no terminal marítimo ou junto ao terminal de táxis aquáticos.
Ida a Tikal e Yaxha
Há agências que fazem tour aos dois sítios no mesmo dia. Sai-se às 4.30h da manhã e volta-se às 20.30h (aqui). Custa 60 USD e não inclui nem refeições. Vão buscar ao hotel.
3.ª Hipótese
Dia 25 - Parque Arqueológico de Quiriguá ou Livingston
Dia 26 - Viagem para as Flores
Dia 27 - Tikal e Yaxha
Dia 28 - Ir para o Belize (há transporte às 6 e 7 da manhã - 17€ - aqui ou 20 e pouco (aqui)
Dia 29 - voo e volta para as Flores (há autocarro 12.00h - aqui. O voo é às 8.30h e demora 1 hora e meia
DIA 30 - Flores e viagem para a cidade da Guatemala
A ilha recebeu o nome “Flores” em honra a Cirilo Flores, um herói e mártir da luta pela independência da Guatemala frente ao domínio espanhol, no início do século XIX. O nome foi adotado após a independência, substituindo o nome original Tayasal.
Passar o dia nas Flores e, por exemplo:
Explorar as ruas de paralelepípedos e ver a arquitetura colonial colorida.
Subir até a Igreja Nossa Senhora dos Remédios, no ponto mais alto.
Ver as lojinhas de artesanato e ir até junto ao lago.
Apanha uma lancha (5 min) e ir até o Mirador de San Miguel ou Rey Canek (curta subida com vista sobre Flores).
Ir de lancha até à Playa El Chechenal (entrada Q10)
Visitar o Museu Santa Bárbara (flutuante) - é um museu pequeno dentro de uma casa-barco no lago, com peças arqueológicas da região. A duração da visita é de 20-30 minutos.
DIA 31 - Cidade da Guatemala
O nome oficial da cidade é Nueva Guatemala de la Asunción e oficialmente fundada em 2 de janeiro de 1776. Nessa data passou a ser a capital do país, depois do devastador terramoto de 1773 que destruiu grande parte de Antígua. A Cidade da Guatemala é a maior da América Central e a sua população ultrapassa os 3 milhões de habitantes.
A cidade é organizada por zonas numeradas (de 1 a 25). Cada zona tem características distintas:
Zona 1: centro histórico, com edifícios coloniais, a Catedral, a Praça Central e o Palácio Nacional.
Zona 4: Bairro artístico, renovada, criativa e moderno, com murais, cafés e espaços culturais.
Zona 10 (Zona Viva): moderna, com hotéis, bares e restaurantes, centros comerciais e embaixadas.
Zona 13: onde fica o Aeroporto Internacional La Aurora.
Zona 14: Residencial de classe alta.
Algumas zonas da cidade são de evitar:
Zona 3: Presença de bairros considerados de alto risco; há zonas industriais e áreas mal iluminadas. Há relatos de assaltos, furtos, violência ligada a gangues.
Zona 6: Densamente povoada, com presença de gangues em bairros periféricos. É considerada uma das zonas mais perigosas para moradores e visitantes.
Zona 18: Área com histórico de violência armada e tráfico. Alta atividade de gangues (maras); frequentes confrontos com polícia.
Zona 21: Área urbana mais pobre e menos policiada. Há insegurança em ruas pouco movimentadas, principalmente à noite.
Na cidade, otransporte públicoé limitado, mas oTransmetro(sistema de autocarros rápidos) cobre várias zonas principais. Cada bilhete custa Q1.
Roteiro na Cidade da Guatemala (partindo do aeroporto)
1) Mercado de Artesanías de la Aurora
Fica perto do aeroporto. Passar por lá.
2) Museu Ixchel del Traje Indígena e Museu Popol Vuh (ambos no campus da Universidad Francisco Marroquín) - Zona 10
O Museu Ixchel é dedicado à tradição indígena guatemalteca de tecelagem. O nome "Ixchel" vem da deusa maia da fertilidade, tecelagem e medicina e aqui é possível ver trajes cerimoniais e do dia a dia de diversos grupos maias (K’iche’, Q’eqchi’, Mam, etc.), tecidos, bordados e acessórios originais, bem como ferramentas tradicionais de fiação e tingimento natural. — alguns com mais de 100 anos.
Existem painéis explicativos sobre a importância das cores, padrões e significados culturais dos tecidos. Há ainda demonstrações ao vivo de técnicas de tecelagem tradicional em tear de cintura.
O museu está aberto das 9.00h às 17.00h (de segunda a sexta) e das 9.00h às 13.00h aos sábados. Está encerrado aos domingos e feriados. A entrada custa Q45.
O Museu Popol Vuh é dedicado à arte Pré-Colombiana e Colonial da Guatemala. Recebe o nome do Popol Vuh, o livro sagrado dos maias quiché, que narra a criação do mundo, mitos e genealogias. Nele é possível ver arte pré-colombiana maia, incluindo: esculturas em pedra, máscaras funerárias, cerâmica ritual e doméstica, objetos de jade, obsidiana e conchas. Tem também exposição de arte colonial guatemalteca: imagens religiosas barrocas, pintura sacra e objetos litúrgicos em prata e madeira dourada. Na sala do Popol Vuh há uma exposição interativa sobre o Popol Vuh e os mitos maias, incluindo reproduções de códices, ilustrações e explicações acessíveis faz-se a relação entre os achados arqueológicos com os mitos e cosmovisões maias.
O museu está aberto das 9.00h às 17.00h (de segunda a sexta) e das 9.00h às 13.00h aos sábados. Está encerrado aos domingos e feriados. A entrada custa Q45.
3) Torre del Reformador (zona 10)
A Torre del Reformador é uma torre metálica, com 71,85 metros, construída em 1935, localizada na Avenida La Reforma. É um monumento inspirado na Torre Eiffel, feita em homenagem a Justo Rufino Barrios, presidente da Guatemala entre 1873 e 1885, conhecido como El Reformador por promover reformas liberais profundas no país — como a separação entre Igreja e Estado, a modernização da economia e a educação pública.
Originalmente tinha um sino suspenso, removido por questões de segurança em 1986 após um terremoto.
4) Jardim Botânico (zona 10)
O Jardim Botânico da Guatemala, fundado em 1922, é o mais antigo da América Central e está sob a administração da Universidad de San Carlos de Guatemala (USAC). Ocupa cerca de 6 hectares e está situado no coração da Zona 10, numa área conhecida como "Ciudad Universitaria".O jardim possui cerca de 1.500 espécies de plantas, tanto nativas quanto exóticas, organizadas em várias seções temáticas.
O Jardim está aberto de segunda a sexta, das 8.00h às 16.30h. Aos sábados está aberto das 8.00h às 12.00h. A entrada custa Q10 para guatemaltecos e um pouco mais para estrangeiros.
Apanha-se A linha 13 do Transmetro para ir para o centro (direção Plaza de la República / Banco de Guatemala. Só há transporte até às 20.00h (sábados e domingos) ou 21.00h.
5) Plaza de la Constitución e o que a rodeia (zona 1)
A Plaza de la Constitución, também conhecida como Parque Central ou simplesmente Plaza Central, é o coração histórico, político e cultural da Cidade da Guatemala e tem sido ao longo dos séculos palco de grandes acontecimentos da vida nacional.
A praça foi traçada durante o período colonial espanhol e evoluiu ao longo dos séculos como o centro do poder eclesiástico, militar e político. O nome "Plaza de la Constitución" refere-se à primeira Constituição guatemalteca, e é um símbolo do Estado moderno.
Durante o terremoto de 1976, muitos edifícios ao redor sofreram danos, mas foram restaurados.
A Plaza está ligada à famosa 6ª Avenida (La Sexta), que foi revitalizada como zona pedonal com lojas, cafés e centros culturais e é rodeada por três grandes marcos arquitetónicos:
Catedral Metropolitana (Catedral Primada de Santiago): Construída no século XVIII e o maior símbolo da fé católica no país. Ainda hoje centro de grandes celebrações religiosas.
A construção da catedral começou em 1782, pouco depois da transferência da capital de Antígua Guatemala para a atual Cidade da Guatemala e foi inaugurada em 1815, embora as obras tenham continuado ao longo do século XIX. É dedicada a Santiago Apóstolo, padroeiro da cidade.
Em frente à catedral estão 12 colunas com os nomes de mais de 40 mil vítimas do conflito armado interno guatemalteco (1960–1996). Este memorial foi instalado como parte do projeto de recuperação da memória histórica.
Geralmente aberta das 7h às 12h e das 14h às 18h (pode variar conforme os eventos religiosos).
Palácio Nacional da Cultura: Antiga sede do governo e hoje museu. Foi construído entre 1939 e 1943 e mistura de estilos arquitetónicos neocolonial e art déco. Pode ser visitado; é também conhecido como "Kilómetro Zero", ponto de partida simbólico das estradas nacionais.
O Palácio está aberto de segunda a sexta, das 9.00h às 16.00h. O bilhete para estrangeiros custa Q40.
Perto da Plaza de la Constituición fica o Mercado Central da Guatemala, onde se vende de tudo.
6) La Sexta (zona 1)
La Sexta, oficialmente chamada 6ª Avenida da Zona 1, é uma das ruas mais emblemáticas e vibrantes da Cidade da Guatemala, especialmente no seu trecho que atravessa o centro histórico (e a Plaza de la Constituición). Ao longo do tempo, La Sexta transformou-se num símbolo de cultura urbana, comércio e convivência cidadã.
No século XX, La Sexta era a principal rua comercial da capital, um verdadeiro centro de compras, lazer e encontro da elite guatemalteca. Era conhecida como “La Sexta Avenida A” e ficou famosa por seus teatros, cafés, cinemas, lojas e boutiques. Com o tempo, sofreu um declínio devido à insegurança e à migração do comércio para outras zonas.
A partir de 2010, o governo da cidade iniciou um projeto de recuperação urbana, transformando parte da La Sexta numa zona exclusivamente pedonal.
Este processo devolveu vida ao centro histórico, tornando a rua num espaço cultural e turístico.
Na La Sexta é possível visitar cafés antigos como o Café León ou o El Portal, com décadas de história.
El Portal
O Café Bar El Portal, localizado sob os arcos do Portal del Comercio, ao lado da Plaza de la Constituición,é um dos cafés mais antigos e lendários do país. Fundado nos anos 1930, tem um ambiente nostálgico, mantido quase intacto desde a sua origem. O bar foi o primeiro na cidade a vender cerveja de barril, servida em canecas grandes e pesadas de vidro (chibolas), que ainda hoje são um símbolo do local.
Durante décadas, o espaço atraiu escritores, jornalistas, políticos, estudantes e figuras históricas. Diz-se que Ernesto “Che” Guevara frequentava o El Portal durante a sua estadia na Guatemala em 1954, quando acompanhou os acontecimentos políticos ligados ao governo reformista de Jacobo Árbenz — pouco antes do golpe apoiado pelos EUA.
Com mobiliário antigo, espelhos manchados pelo tempo, balcões de madeira escura e uma penumbra acolhedora, o El Portal preserva um charme decadente que resiste à modernização da cidade. É um sítio onde se pode beber um ron com Coca-Cola ou uma cerveja bem tirada, conversar com os clientes habituais ou simplesmente contemplar a história que se respira entre as suas paredes.
Para ir ao Mapa em Relevo (Mapa en Relieve)
Estação San Sebastián (marquei), que é ponto de transbordo entre as linhas 1 e 2 do Transmetro. Apanhar a Linha 2, que se dirige ao Hipódromo del Norte, na Zona 2. Descer na Estação Simeón Cañas ou Hipódromo del Norte. O Mapa en Relieve fica a cerca de 5 minutos a pé (aprox. 300 m) desde a estação Hipódromo del Norte. A partir da estação de Simeón Cañas também dá para caminhar cerca de 10‑12 minutos em direção ao parque Minerva, onde está o mapa.
7) Mapa en Relieve (zona 2)
É uma enorme maquete em relevo da Guatemala construída em 1905. É excelente para entender a geografia do país. Foi construído em duas escalas: 1: 10 000 para a extensão horizontal e 1: 2000 para a vertical, numa área aproximada de 1800 metros quadrados.
8) Cerro del Carmen (zona 1)
É uma colina com grande valor simbólico para os guatemaltecos. No seu topo encontra-se uma pequena ermida branca dedicada à Virgen del Carmen, que lhe dá o nome. Este local tem sido, desde o período colonial, um espaço de peregrinação e contemplação. Do alto, é possível observar grande parte da Cidade da Guatemala e, em dias claros, até os vulcões ao longe.
Depois de dois anos a viajar cá dentro, 2022 foi o ano de voltar a viajar para fora de Portugal! A escolha recaiu sobre a Albânia. Suficientemente perto para dar segurança (considerando que comprei os bilhetes de avião vários meses antes) e suficientemente longe e desconhecida para me sentir a retomar a vida! A viagem foi feita em agosto de 2022, apenas com uma amiga, e o objetivo não era fazer praia mas sim conhecer o máximo possível do país, sobretudo os pontos emblemáticos. Todos os preços que refiro são, portanto, de 2022. NOTA: No final do artigo faço uma sugestão de roteiro para quem quer conhecer os pontos principais da Albânia mas também quer fazer alguma praia. PREPARAÇÃO Baixei o mapa da Albânia no Maps.me. Baixei o idioma albanês no google tradutor. Confirmei que tinha instalado no telemóvel a app do Booking. Reservei os voos - 333,00€ (só com bagagem de cabine - uma bagagem pequena + uma mala de mão). Aluguei carro para oito dias - 474,00€ (foi mais caro porque era au...
Já fui várias vezes a S. Miguel mas apenas uma das visitas teve como objetivo único conhecer a ilha. No conjunto das idas, penso ter conhecido os pontos mais emblemáticos. Neste artigo indico o que, na minha opinião, mais vale a pena visitar. Não partilho um roteiro dividido por dias, uma vez que o tempo que cada um precisa para conhecer os locais é muito variável. Contudo, conte com uma semana, e mesmo assim é possível que não consiga visitar tudo o que indico, pelo menos com o tempo desejável (veja a nota). Também não divido o que sugiro visitar por categorias (lagoas, miradouros...) mas antes por zonas da ilha. Como provavelmente terá de fazer escolhas relativamente ao que visitar e fazer, aconselho que antes de fazer o seu programa leia integralmente este artigo. Desta forma, poderá escolher o que fazer em cada zona da ilha, não deixando nenhuma totalmente para trás. Não espere ver fotografias profissionais. O objetivo das minhas viagens não são as fotografias, não tenho drone,...
Este artigo tem como objetivo dar algumas dicas de preparação de uma viagem por conta própria à China. Partilho, o mais exaustivamente que me é possível, coisas que fiz, sites e aplicativos que usei e precauções que tomei na preparação da minha própria viagem. Partilho também algumas coisas que descobri lá e que poderão ser úteis na vossa preparação. Não tenho qualquer parceria com os sites que indico, por isso tudo o que digo resulta apenas da minha experiência, não tendo qualquer propósito comercial. Espero que o artigo vos seja útil. 1- Pesquisa e definição do roteiro Divido a pesquisa em 2 tipos: uma pesquisa geral que tem como principal finalidade a montagem do roteiro e uma pesquisa fina para saber mais especificamente o que visitar em cada local e para obter informação de cada uma das coisas a visitar. Nestas pesquisas comecei por analisar os circuitos que as agências viagem oferecem mas foi a leitura de blogues de viagens (sobretudo portugueses e brasileiro...
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