Passadiços do Paiva

Como o fim de semana se previa chuvoso, e de modo a não criar expetativas que poderiam ser defraudadas, optou-se (eu e mais 2 amigas) planear pelo mínimo este passeio.

Dia 1

Passadiços do Paiva (foto minha)

Fizemos o caminho para norte pela A1 e a primeira coisa que estranhámos foi o GPS indicar que demoraríamos cerca de 45 min. para fazer nem 40 km, após a saída da A1. O que é certo é que se demora esse tempo!
Chegámos a Arouca por volta das 20 h de sexta feira. Não houve tempo, portanto, para visitar a Igreja de Válega, como tínhamos pensado. A vila é simpática e é fácil encontrar um bom restaurante. A casa ficava mesmo no centro da vila, o que permitiu deslocarmo-nos a pé.

No sábado de manhã fomos em direção a Areinho para fazer o percurso, com umas sandes na mochila para o almoço. São cerca de 10-12 km e a estrada está bem sinalizada. Já perto da entrada há indicação de um parque de estacionamento. Fizemos a pé o caminho do estacionamento até ao Areinho. Não teria sido necessário deixar o carro no parque de estacionamento indicado, já que junto à entrada dos passadiços há estacionamento. Se não se visitar a área nas alturas de maior afluência, pode-se levar o carro até à entrada nos passadiços.

O posto de controlo dos bilhetes não está logo no início dos passadiços. Este encontra-se após a dura subida inicial.

Um pouco antes do meio do percurso existe uma ponte suspensa que nos "puxa" para a foto. Contudo, quem quiser continuar o passeio até Espiunca deve retomar os passadiço, já que a ponte apenas serve para quem quiser sair dos passadiços. 


Ponte suspensa: tira-se a foto da praxe e retorna-se ao caminho (foto minha)

Um pouco mais à frente, a meio do percurso, há um pequeno café (quiosque), casas de banho e a praia fluvial do Vau, onde se pode tomar um banho e fazer um piquenique. Não há grandes condições mas dá para sentar e comer umas sandes. Foi o que fizemos.

Terminado o percurso, há que contratar um táxi que nos leve ao carro que ficou no estacionamento, em Areinho. Neste sábado, eram vários os táxis disponíveis (penso que existem sempre). Ao contrário do que tinha lido, os taxistas não se mostraram muitos disponíveis à negociação e o preço dependia do tamanho do táxi. Nos de 4 passageiros, o preço era de 12 €. Nos de 7 passageiros, a viagem custava 15 €. Uma boa alternativa é dividir o transporte com alguém ou algum grupo que queira. Foi isso que um grupo de 4 jovens nos propôs.


Notas sobre os passadiços
- O passeio vale a pena. A paisagem é bonita sobretudo para quem não está habituado a ela.

- O percurso Areinho - Espiunca é realmente mais fácil. Exceptuando a subida inicial, as escadas são sempre a descer neste sentido. Na minha opinião, este é o melhor percurso para quem quer fazer os passadiços com a intenção de desfrutar da paisagem, mais do que pôr à prova a sua condição física.

- O tempo indicado no site oficial para o percurso é de 2 horas e 30 minutos. Se quiserem ir sem pressas, desfrutar, tirar fotografias, almoçar durante o percurso contem com 3 horas e 30 minutos a 4 horas. Se assim fizerem, penso que não haverá necessidade de fazer o percurso de volta.

- As imagens que são partilhadas dos passadiços levam a que várias pessoas que conheço me tenham perguntado se será um passeio apropriado para quem tem vertigens. Uma das amigas que foi comigo tem vertigens e fez bem o percurso. A única parte que lhe fez mais confusão foi a inicial, dado que os degraus são "abertos" (não têm espelho) mas nada que impeça uma pessoa com vertigens de caminhar (desde que não seja uma situação grave).

- Apesar de todas as recomendações, ainda vi pessoas de chinelos. Não é calçado apropriado. O percurso tem 8,7 km, o que, apesar do piso ser sempre excelente, torna necessário levar roupa e calçado adequado.

Museu das Trilobites

Quando acabámos o percurso dos passadiços, o tempo piorou e ameaçava chover, pelo que aproveitar os vários percursos pedestres do Geopark de Arouca foi posto de parte. Mas, mesmo com o tempo assim, há o que fazer na região. Pode visitar-se, por exemplo, o Museu das Trilobites ou a Casa das Pedras Parideiras (há outros locais "dentro de casa" que se podem visitar, como podem ver se clicarem na imagem que aparece aqui). A nossa escolha recaiu sobre o Museu das Trilobites, que fica na estrada entre Areinho e Arouca.

Museu das Trilobites (foto minha)

Este é um pequeno museu particular, construído pela família que explora uma pedreira de ardósia onde, ao longo do tempo, foram sendo encontrados fósseis de trilobites. A visita deste museu custa 4 € e 45 minutos - 1 hora é mais do que suficiente para o visitar. A visita inclui o visionamento de um filme que conta a história da pedreira e dos achados fósseis e contextualiza as trilobites na história da Terra , bem como de uma coleção de fósseis das maiores trilobites do mundo. 

Trilobites, no Museu das Trilobites (foto minha)

Após a visita ao Museu das Trilobites rumámos até Arouca ainda na esperança de podermos visitar a vila. Contudo, o tempo não melhorava e por isso o passeio resumiu-se à entrada na Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Arouca (que tem muito mais para ver) e a dar uma breve volta pelo jardim envolvente.

Jardim de Arouca (foto minha)

Já que o tempo não melhorava, antes pelo contrário, redefinimos os planos e rumámos ao litoral (aqui).


Este passeio foi feito em abril de 2018.


Comentários

  1. Respostas
    1. Olá Carla
      Nós ficámos no centro de Arouca, num apartamento (apartamento Alegria) reservado no booking. Gostámos do apartamento:fica perto de sítios onde tomar o pequeno almoço e é grande (penso que tem 3 quartos e 2 casas de banho)

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