Viagens com "pedras"

Viagens com "pedras" - parte 2

- maio 27, 2018

Desta vez conto uma história passada no Egipto. As fotografias que utilizo foram digitalizadas e a qualidade deixa muito a desejar, mas, sei que não há na internet nenhuma fotografia que mostre o que estas mostram e quem dá o que tem...

Egipto - 2003

Nesta viagem aconteceram coisas muito engraçadas, um dia contá-las-ei. Esta, mais do que engraçada, mostra como o mundo é pequeno. Vou começar pelo fim, em Leiria.

O diretor da fábrica onde o meu irmão trabalhava foi de férias com a família para o Egipto. O filho trabalhava com o meu irmão e quando voltou da viagem trazia histórias para contar. Uma delas era que havia na excursão um grupo raparigas (não foi bem este o termo aplicado...) que certamente não batiam bem da cabeça. Principalmente uma delas. Para que o meu irmão percebesse melhor o que dizia, explicou que depois da maluca mergulhar nas águas do rio Nilo, sabe Deus o quão poluída está e que bichos lá existem... foi-se pôr a apanhar areia. Um saco de areia!!! Para que é que ela quereria aquilo? Não falta cá areia... e estavam mais de 45 ºC... há gente que realmente...

Aquelas figuras diziam qualquer coisa ao meu irmão. Três personagens... uma delas atira-se ao rio e depois vai à cata de areia... Hum...

Na primeira oportunidade, o meu irmão perguntou-me como tinha corrido a viagem e eu digo-lhe que havia uma família de... Leiria, um pai, uma mãe, que era espanhola e passava o tempo todo a banhar-se (literalmente) com água de colónia, e dois filhos. Eureka! batia tudo certo!

E para provar que o colega do meu irmão não faltou à verdade, cá está a maluca a tomar banho no rio Nilo. O que ele não soube foi que, à falta de melhor, tomei o dito banho de cuecas e soutien. Uma pessoa tem de se desenrascar e não ia deixar de aproveitar esta oportunidade só porque não trazia fato de banho vestido, não é?
Tirando umas borbulhinhas na pele (que passaram logo) não aconteceu mais nada.

A tomar um belo banhinho no Rio Nilo (foto minha)

E sim, é verdade, a maluca foi com mais de 45 ºC apanhar um saco de areia que carregou toda a viagem e que ainda hoje existe. Cá há muita areia, mas não é do deserto do Saara!